quinta-feira, 29 de março de 2012

Líder, sem barulho

Não há muito o que falar nessas rodadas finais do Paulistão. Todos sabemos que os 4 grandes têm 98% de chances de ganhar e 2% de chances de se encontrarem com o imponderável ou com um outro pequeno detalhe que pode tirar a vitória de suas mãos.
Mas se tudo correr dentro da normalidade, serão mais 9 vitórias até o final da 1a fase.

E hoje o tricolor venceu a Catanduvense em Barueri. 2 a 0.
Simples, objetivo e pra voltar a ser líder. Sem sustos.

Esses jogos servem para acertar os últimos detalhes, dar ritmo de jogo aos que vêm jogando pouco e abre brecha pros reservas aparecerem.
No caso do SPFC serve pra constatar que Rodrigo Caio, mesmo improvisado, rende muito mais que Piris na lateral direita, Jadson ainda não conseguiu se firmar, mas a sequencia o ajudará (vide Ibson no Santos) e serve também pra mostrar pra todos nós que Lucas é craque; precisa de um ajuste ou outro, experiência mesmo, para soltar a bola mais rápido ou caprichar no último drible, mas em linhas gerais, é o cara desse time. E a responsabilidade que têm, é do tamanho que pode suportar.

O São Paulo ganhou seu 9o jogo seguido e, diferente de outros anos, a mídia não vêm fazendo 'oba oba' com a ótima campanha do tricolor no 1o semestre.
Talvez isso seja um fator importante para o crescimento são paulino; Leão tem tido paz para trabalhar, não há cobrança, nem crise, nem nada demais, apenas os mesmos problemas físicos de alguns atletas importantes, mas nada quem assuste. O tricolor estará forte nas finais do Paulista e na próxima fase da Copa do BR.

Hoje o destaque foi Fernandinho, que entrou no lugar de Jadson e com suas jogadas rápidas pela ponta esquerda levou perigo ao gol da equipe catanduvense. A entrada de Fernandinho é importante, pois puxa mais um marcador na ponta, abrindo espaço para a chegada dos volantes; ora Casemiro, ora Cícero, além de ter a excelente aproximação do ótimo Cortez.

O SPFC vai se achando aos poucos, sem fazer barulho, de uma maneira diferente da que estamos acostumados, com aquele supertime, com a torcida achando que têm o melhor time do mundo... Não, não tem.
E desse jeito, as coisas se acertarão. O SPFC se perdia no seu próprio tamanho, na sua própria soberba; nessa história de acreditar que é o Soberano.
As vezes é preciso saber trabalhar quietinho e colocar-se aonde você realmente está, para depois chegar aonde você merece estar.

Abs.
Felippe Palermo.

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Simples e básico

E no gélido Pacaembu, o Corinthians entrou em campo contra o XV de Piracicaba para confirmar os 3 pontos e dormir na liderança do Paulistão.
Apenas 6.900 torcedores compareceram ao jogo, isso pelo frio, pela pouca importância do jogo e pela exclusão da uniformizada dos estádios paulistas.
Não adianta nada ficar reclamando das trocentas rodadas inúteis e da tabela massante do Campeonato Paulista. Já que tem que jogar, que jogue e ganhe.

O Corinthians não fez um bom 1º tempo, Alessandro não subia pela direita, Ramirez e Douglas não conseguiam se mexer e sair da marcação da equipe piracicabana. Elton e Gilsinho também não estavam em suas melhores noites e não lograram êxito nas chances que tiveram.

O destaque positivo foi, mais uma vez, Emerson. O Sheik é o típico jogador que todo time precisava.
Folgado, marrento, agudo, bom de bola.
É um estilo de jogador que não se forma mais nas categorias de base. Esse é da época das brincadeiras de mau gosto no alojamento, das zoações infinitas no vestiário e que mesmo assim resolvia e ainda resolve dentro de campo, hoje a base é regada a muito ps3, iPad's e iPhone's. É errado? Não, mas que influencia dentro de campo, não tenha dúvida.

Sheik foi o responsável pelas jogadas mais perigosas do timão no 1º tempo. Ora caindo pelos lados, ora vindo buscar jogo no meio campo, foi o menos apático do ataque corinthiano. E veio dos pés dele a única boa chance de gol na primeira etapa, Gilsinho não aproveitou o cruzamento e cabeceou pra fora. E acreditem, foi só.

No 2º tempo, Tite promoveu as entradas de Weldinho e Edenilson nos lugares de Alessandro e Gilsinho e aí o jogo mudou de panorama.
Até porque o gol de Ramon em boa jogada individual, tranquilizou a equipe corinthiana, que geralmente ja é bastante concentrada, e fez com que Douglas, Emerson e Edenilson tivessem mais espaço pra jogar.

Edenilson e Sheik foram os destaques no jogo de ontem e duas coisas me chamaram a atenção.
Primeiro a falta de concentração corinthiana no 1º tempo, assim como no clássico diante do Palmeiras. Porém, com a correção de Tite no intervalo, a equipe voltou ligada e mais uma vez fez o resultado no comecinho do 2º tempo.
E depois a nítida dificuldade que a equipe encontra para marcar gols. Não sei o que acontece, se falta capricho, se falta tanta pontaria, o fato é que o timão não aproveita nem 20% de tudo que cria num jogo e isso é muito perigoso, tendo em vista que as finais do Paulistão e o mata-mata da Libertadores não pedem toda essa calma e esse jogo básico.

Em suma, foi uma vitória simples e sem riscos, mas também sem arriscar e assim o Corinthians vai às finais.
E ali, na incerteza e na pressão do mata-mata saberemos se essa equipe é tão equilibrada e concentrada quanto demonstra.

Abs.
Felippe Palermo.


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segunda-feira, 26 de março de 2012

Crescendo na hora certa

O Paulistão não me irritava até eu olhar o calendário e perceber que estamos chegando em abril e ainda faltam 4 rodadas para o fim da 1ª fase do estadual. Fora quartas, semi e final... Ô campeonatinho longo e inchado!
A cada rodada que passa eu fico mais convicto que os jogos contra os pequenos não servem pra nada a não ser ir na cidade deles ou recebê-los aqui e ganhar, de 1 ou de 6, mas ganhar.
O que vale mesmo são os clássicos, ali os times são testados e pela FPF achar que os times do interior de São Paulo são melhores que os times dos outros estados brasileiros, nós, paulistas, temos que aguentar um campeonato chatíssimo, onde as próximas rodadas do líder SPFC, por exemplo, são: Catanduvense, em Barueri; Ituano, em Itu; Mogi, no Morumbi e acaba contra a Linense, em Lins.
Isso pra exemplificar a tabela do tricolor que é o líder e só perde a liderança com muita incompetência. Pois a tabela dos outros 3 grandes também é fácil, fácil.

Vale dizer aqui que futebol é um esporte que se define, além do trabalho diário, pelo imponderável e pelos detalhes, logo, os pequenos podem tirar pontos dos grandes, seja em qualquer campeonato, estadual ou não, mas se tudo correr na normalidade, são 4 vitórias seguidas pros 4 grandes de SP.

Bom, achismos e absurdos a parte, o SPFC foi a Mirassol para jogar depois do clássico, logo, entraria em campo as 18h30 já sabendo se a vitória o deixaria em 1º ou apenas o manteria colado ao Palmeiras.
Com a vitória alvinegra, o tricolor precisava de uma vitória simples para não ver ninguem à sua frente.

E foi o que aconteceu; com todos os domínios do jogo, o SPFC ganhou o meio campo e determinou o ritmo em que jogaria a partida. Oscilou momentos bons e regulares, mas manteve uma média boa em posse de bola, rodando pacientemente e sempre encontrando em Lucas sua melhor saída.
Como a primeira etapa terminou empatada e com o camisa 7 tricolor sobrecarregado, Leão trocou Jadson por Fernandinho no intervalo e o caminho para a vitória são paulina se abriu.
Com Fernandinho aberto pela esquerda, Lucas teve mais liberdade para atacar pelo lado direito e as melhores chances do tricolor apareceram assim, com velocidade e tabelas rápidas.
O tricolor perdeu um penalti com Willian José no início do 2º tempo depois de uma jogada de Fernandinho.
Mas aos 18 minutos, Rhodolfo confirmou os 3 pontos e afastou qualquer tipo de zebra que rondasse o lotado Estádio Municipal de Mirassol.

O SPFC têm 4 jogos para destruir os pequenos e chegar em 1º lugar no Paulistão e a torcida tricolor deve lotar o Morumbi a partir das quartas de final, pois o elenco precisa disso; pegar um jogo contra um Bragantino da vida no Morumbi com 40 mil pessoas têm ligação direta com a confiança do time nas partidas decisivas na Copa do Brasil.
É bom que o torcedor entenda e compareça ao estádio.

Leão está armando uma equipe forte e altamente competitiva. Com todos os jogadores à disposição, essa equipe ficará bem interessante. Quero vê-los em ação nos mata-matas.
Jadson, por exemplo, ainda não rendeu o esperado, eu sei.
Mas tenho um comunicado ao (impaciente) torcedor são paulino: Jadson pode não ser o camisa 10 dos sonhos, mas é um baita jogador! E já provou que é bom, ficou 7 anos fora do país, num campeonato extremamente diferente dos nossos, ou seja, vai demorar um pouco pra pegar o ritmo do futebol brasileiro. Se vai demorar, mais 15 dias ou 3 meses, eu não sei, mas devemos respeitar as características do jogador. As vezes tenho a impressão de que a torcida acha que é o Kaká em campo e que tem que dar um pique de 50m driblando 6 marcadores e fazer um gol de placa... Calma aí né!
Tem que ter paciência, não adianta. Vaiá-lo e xingá-lo, agora, é dar um tiro no pé.
Jadson vai ser o camisa 10 que o torcedor espera e vai ajudar muito o tricolor nas finais do Paulistão e no decorrer da Copa do Brasil.

Ao contrário de Lucas que a cada jogo vêm crescendo uma barbaridade.
Ainda tem um defeito aqui, outro ali, mas é craque. Espero que Arnaldo Ribeiro, da ESPN Brasil tenha largado um pouco o super campeonato italiano para acompanhar um pouquinho o camisa 7 tricolor nos jogos da Copa do Brasil e do Paulistão.
Respeito a opinião dele, mas acho um absurdo cravar que Lucas "não é, nem nunca será craque". (Leia o absurdo aqui)
Uma coisa, querido Arnaldo, é compará-lo com Neymar -não há comparação, Neymar está muito acima de qualquer um nas Américas- outra coisa é achar que Lucas é mimado e que nunca será craque.
Ele ja é craque! Diferenciado, pode desequilibrar uma partida e levar o SPFC à uma vitória a qualquer momento e jogo após jogo, vem monstrando pra quem quiser ver.
Mas o problema é querer ver, afinal, dá trabalho valorizar o que é nosso, é mais fácil aplaudir o Dzeko do Manchester City ou o Ashley Young do Manchester United que fazem gol em todos os jogos né!

abs.
Felippe Palermo.

domingo, 25 de março de 2012

O equilibrado x O desatento

No bom clássico no Pacaembu tivemos tudo que um Corinthians x Palmeiras merece.
Discussões, jogo pegado, catimba, virada e fim de invencibilidade palmeirense.

Esse jogo também serviu pra mostrar tudo que as duas equipes têm de bom e de ruim.
O Palmeiras jogou um baita primeiro tempo, ganhou por 1 a 0 com gol de M.Assunção, mas poderia ter feito mais do que fez e não aproveitou a posse de bola que teve.
Já o Corinthians voltou no 'modo Corinthians' para o 2o tempo. Muita vontade, muita atenção, muito equilíbrio e  uma paciência e uma concentração acima da média aqui no Brasil.

O futebol é um esporte interessante. O Palmeiras fez um 1o tempo consistente e com a bola no pé na maior parte do tempo; em 3 minutos, o Corinthians bateu duas faltas laterais e virou o jogo.
Ou seja, na jogada característica do verdão, o alvinegro chegou aos gols e à virada.

Faltou atenção à equipe alviverde no início da segunda etapa.
Foram dois gols de bola aérea em menos de 3 minutos. E isso, claro, não pode acontecer.
E a virada no comecinho do 2o tempo baqueou o Palmeiras e encheu o rival de confiança.

Felipão errou ao substituir Maikon Leite por Ricardo Bueno. Não foi um erro escandaloso, até porque o treinador palmeirense fez a substituição pensando em melhorar o sistema ofensivo de seu time, mas a questão é simples. A válvula de escape mais eficaz do Palmeiras era a saída pelos lados com Maikon Leite, Cicinho e Juninho; quando Felipão tira Maikon Leite, que é rápido e criativo e coloca R. Bueno que é mau jogador ( fraco, não tem o mínimo de qualidade técnica e não solta a bola por nada), ele perde toda a criação no ataque, isso porque já não contava com Daniel Carvalho e Valdívia cansou no final do 2o tempo.

Luis Felipe Scolari também teve que sacar Cicinho pelo cansaço, mas ao invés de colocar Artur, que é lateral de origem, Felipão colocou Pedro Carmona e improvisou João Victor na lateral. Adivinhem? Também não deu certo. No final do jogo, Artur entrou no lugar de J.Victor, mas não conseguiu nada também.
O fato é que o time titular do Palmeiras deu liga, mas ainda faltam boas peças para o banco de reservas.

E o Corinthians está no caminho certo, tem um elenco muito bom e equilibrado.
Conta com jogadores que jogam juntos há 2 temporadas e chegará forte para as finais do Paulistão.
Tite é muito inteligente e tem o time na mão.
Vai longe desse jeito!

No clássico marcado pelas brigas entre as organizadas nessa manhã, venceu o futebol com um bom jogo e três pontos pr'aquele que entendeu que equilíbrio, paciência e concentração não ganham o jogo, mas são os meios que justificam o fim.

Abs.
Felippe Palermo.


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sexta-feira, 23 de março de 2012

Deu pro gasto

A equipe peruana do Juan Aurich é daquelas que assustam de tão fracas. Não havia futebol ali, havia uma marcação parecida com a do handbol, com 11 atrás da linha de sua intermediária e tome porrada em quem estivesse com a bola. E se a posse de bola era deles, chutão pra frente e só. Esse foi o jogo dos peruanos durante os 90 minutos.

O primeiro tempo santista, mesmo com o temporal no Pacaembu, mesmo contra um time que só marcou, mesmo contra todos os tipos de dificuldades quem tentem me falar, foi fraco.
O Santos não conseguia sair da enorme marcação dos caras, o jogo não fluia pelos lados e quando tentava pelo meio também não dava certo, ou era parado com falta ou errava a condução da jogada, enfim, o Santos não estava Santos.
Pior do que não conseguir criar nada foi ser conivente com a marcação e não ser efetivo em uma jogada sequer no 1º tempo.
Aí que constatei pela primeira vez a tese que defendo há 1 ano. O Santos é um bom time com um gênio em campo. E não tentem me provar o contrário, porque o peixe com Arouca, Henrique, Ibson, Ganso não é melhor que Ralf, Paulinho, Danilo e Alex ou Denilson, Casemiro, Cícero e Jadson, desculpa, não é. E sendo assim, com Neymar caçado em campo, o Santos esbarrou na dificuldade de não ter uma outra saída para as jogadas individuais.

Neymar, craque e inteligente, procurava sair da marcação pelo lado esquerdo e por vezes caiu pelo lado direito e pelo meio da defesa peruana, porém, com tudo congestionado nada aconteceu também.

Vale explicar que Neymar é, sempre foi e sempre será o diferencial dessa equipe e o "padrão Neymar de qualidade" é diferente do padrão brasileiro; quando Neymar não vai bem, geralmente é porque não fez 2 gols ou não participou de um dos gols da equipe santista, ou seja, o nível de exigência com o futebol apresentado por ele é do tamanho que ele merece ser exigido e quem chegou nesse patamar foi o próprio camisa 11.
E no 1º tempo de ontem, apanhando muito ou não, nem Neymar, nem o Santos conseguiram jogar.
O gol de Edu Dracena serviu pra confirmar a vitória já na primeira etapa.

Na volta do intervalo o Santos era outro, bem mais ligado e mais rápido e era isso que estava faltando.
Neymar e Ganso se acertaram, Arouca foi bem como sempre e aproveitando uma das milhares falhas do Juan Aurich, Ganso serviu Borges que bateu pra tras achando Neymar livre pra sacramentar a vitória santista.

O Santos perdeu uma baita oportunidade de fazer um saldo muito bom.
Por mais que Muricy tenha defendido que houve muita paciência e posse de bola, vi um Santos preguiçoso e jogando pro gasto ontem e uma pressãozinha mais forte faria o peixe faria saldo, importante no critério de desempate com o Inter para assegurar o 1º lugar.

Eu entendo que há jogos e jogos e dependendo do nível de importância de cada jogo a equipe se adequa e joga 100% ou não e acho isso válido, a rotina é cansativa, ontem especificamente o campo estava pesado e o adversário, além de ser ruim, só marcava e batia e assim fica quase irresistível não 'tirar o pé'.
E é exatamente por isso que continuo com a mesma opinião sobre o favoritismo santista, mas agora com uma Libertadores muito mais forte, por conta dos times brasileiros.

Que o Santos entenda que ser tão dependente de Neymar funciona desde 2010 e provavelmente vai continuar funcionando, mas é bom saber sair de uma situação com a cara de Libertadores sem ele também.
E não, isso não é uma crítica. Quem avisa, amigo é.

Abs.
Felippe Palermo.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Fala você, Oscar!

O caso Oscar é muito complexo e envolve uma série de fatores jurídicos e passionais.
Vamos por partes: Essa história de Oscar voltar imediatamente ao SPFC começou há mais ou menos um mês, quando uma ordem judicial obrigava o atleta a se apresentar como jogador tricolor, o impossibilitando de jogar pelo Inter, e naquela semana o jogo era contra o Juan Aurich-PER no Beira Rio. O colorado recorreu da decisão judicial e conseguiu com que o garoto jogasse, e muito bem diga-se, fazendo gol e comemorando com gritos de 'Eu quero ficar aqui'.
Esse é um ponto. O atleta comemorar num momento de explosão de felicidade com os torcedores num jogo de Libertadores.

De lá pra ca, Oscar continuou lá e o São Paulo seguiu a vida aqui, inclusive se acertando e ganhando jogos importantes.
Com a nova decisão judicial de que Oscar não só é jogador do SPFC, como tem um contrato vigente e já está no BID da CBF, a história ficou séria e lógico, dividiu opiniões de torcedores em todo Brasil.

A torcida do São Paulo num geral não acha que Oscar seja merecedor de uma segunda chance, por um motivo simples, quando convém, o torcedor acha que seu clube é magnânimo e nunca age de uma maneira prejudicial ao atleta, mas na realidade o tricolor também não foi santo, logo, porque não dar outra chance ao garoto?
Isso, sob o ponto de vista da torcida tricolor.

João Paulo de Jesus Lopes já assume um discurso politicamente correto e bem amigável: "Vamos receber o Oscar de braços abertos, ele é jogador do São Paulo e tenho certeza que todos o receberão bem", falou em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O que nós pensamos? Oras, se o homem forte do futebol do SPFC falou, com contrato em vigência e se tratando de um jovem de qualidade, está feito, certo?
Errado.
O advogado do atleta veio à público e se pronunciou de maneira categórica: "Oscar não quer jogar no SPFC, ele prefere ficar sem jogar. Uma volta para o clube paulista é impensável".
E agora? E Oscar? Ele, que é o cara, o atleta, aquele que pode decidir o que quer não fala nada?!
Certo que haja um cuidado pra ele não falar besteira, mas o advogado falar por ele é piada.
E outra, sabemos que no futebol a palavra vale muito pouco ou quase nada. O que o advogado disse hoje, cai por terra quando Oscar se apresentar na 2ª feira com a camisa do São Paulo.
O que deve ser esclarecido para vocês torcedores é que nem SPFC, nem Oscar e muito menos quem cuida da carreira dele são santos. Todos têm uma parcela de culpa nisso tudo e quem paga por isso é o Inter e o próprio Oscar que se realmente não quiser jogar pelo tricolor vai ter que se virar pra pagar a multa rescisória e se desligar do SPFC.

Que Oscar não seja tão inconsequente quanto parece e fale o que quer, nem que ele repita tudo o que seu advogado disse, mas é importante sair de sua boca, porque de jogador covarde e manipulado o futebol já está cheio.

Abs.
Felippe Palermo


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No sufoco, de propósito


O Corinthians de Tite é sempre muito equilibrado e certinho e era aí que esbarrava no problema.
Faltava alguém que resolvesse lá na frente. Alex e Liedson não estão em suas melhores fases, Jorge Henrique é um jogador extremamente tático e voluntarioso, mas não é O cara. Sheik ainda não estava em campo, então a responsa caiu no colo de quem?
Oras, do cara que sempre resolve os jogos importantes e decisivos: Danilo.

O Cruz Azul veio à São Paulo para empatar, isso ficou claro quando o time se postou com uma linha de 7 jogadores atrás da intermediária do seu campo defensivo, porém quando tinha a posse bola saia com uma certa qualidade; e o melhor, sem dar chutões.
Água mole, pedra dura... E o coringão que tentava atacar sempre pelo meio, achou uma falta lateral. Alex botou na cabeça de Danilo e ali a porteira se abriu, pensei.


Mas o Corinthians tem uma particularidade. A sua calma e tranquilidade as vezes joga contra, por que torna-se um time muito dependente de uma jogava individual dos bons jogadores que têm no elenco.
E com a fase em que Alex e principalmente Liedson se encontram, dificulta muito.
Não confundam calma e tranquilidade com falta de pegada; isso o timão tem de sobra, esse time marcando é a cara do Corinthians, do jeito que a fiel gosta, mas atacando vêm deixando a desejar. O que também não quer dizer que não está dando pro gasto, tanto que o Corinthians é 1o na Libertadores e 3o no Paulista, mas em se tratando do mesmo ataque que ano passado encheu os outros times de gol, é válido uma chamada de atenção.

Com a entrada de Sheik no 2o tempo, o time melhorou e logo em seu primeiro lance Emerson já cavou a expulsão de Pinto, e mais uma vez, a porteira se abriu... Pensei, de novo.
Foi uma série de gols perdidos, eu contei 5 chances claras, fora as ameaças e o preciosismo. E assim, o Corinthians ia brincando na Libertadores, ganhando só de 1 a 0.


Quando a coisa começou a ficar mais séria e o Cruz Azul ganhou o meio campo, Tite fez algo que eu tirei o chapéu, colocou o centroavante Elton no lugar de Alex e projetou o time à frente, tirando a equipe mexicana de seu campo. As oportunidades criadas pelo Cruz Azul foram muito à base do 'Deus me livre', sem aquela jogada extremamente trabalhada, com exceção à bola na trave aos 44 do 2o tempo, que foi inciada com uma boa tabela entre os jogadores mexicanos. Fora isso, o que assustava mesmo eram os chutes de longa distância e a pressão natural de quem está atrás no placar e têm a posse de bola durante muito tempo.
Parece que o Corinthians sente a necessidade de fazer seu torcedor sofrer. Parece que por ser Corinthians e Libertadores, é quase irresistível não ganhar no sufoco, é de propósito, só pode.
Estava com o jogo na mão, não matou logo, deixou a partida perigosa. Tem que ter a mesma seriedade que já têm pra marcar, atacando.

O que é bom exaltar é a vontade dos jogadores do Corinthians em fazer história na Libertadores, isso é indiscutível, mas em contrapartida, não se pode brincar de perder gols como brincou hoje. Óbvio que o 'brincar' é uma força de expressão, mas nas chances claras de gol, além do goleiro Corona ter aparecido muito bem, faltou capricho e daqui pra frente, a Libertadores afunila e as equipes que vão chegar lá na frente são as que vão fazer mais com menos e é aí que eu concentro as chances da equipe de Tite, que de tão equilibrada e consistente tem quase a obrigação de achar essa eficiência o quanto antes.

Confio nesse time, que possui a melhor dupla de volantes do Brasil com Ralf e Paulinho, têm dois caras que crescem em jogos importantes e serão importantíssimos nos próximos jogos, que são Danilo e Emerson Sheik e têm um baita elenco do meio pra frente, Alex, Douglas, Liedson, J.Henrique, Willian, Gilsinho... mas nenhum deles atravessa a melhor fase. E até o final de abril, com certeza Liedson já terá marcado gols, Alex voltará a ser aquele que ditava o ritmo do time no final Brasileirão e Willian voltará a voar e o Corinthians vai chegar com muita força no mata-mata da Libertadores.

Acredite, torcedor corinthiano.
Um time que joga junto há anos, que se conhece, se respeita e é equilibradíssimo, com Ralf, Paulinho, Danilo e Sheik no comando em campo, têm bala pra chegar junto.
O que não pode acontecer é jogar Libertadores, achando que é Camp. Paulista.
Não é, e a consequência é dolorosa.

Abs.
Felippe Palermo.


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segunda-feira, 19 de março de 2012

SPFC em "Óh, também sei fazer"

E no melhor jogo do Paulistão 2011, deu tricolor.
São Paulo e Santos se enfrentaram nesse domingo no Morumbi; como todos os últimos jogos entre os dois times, a expectativa era de uma tarde cheia de gols e com futebol bem jogado.
E foi assim!

Eu estava no estádio e constatei ali, ao vivo, que o São Paulo fez seu melhor jogo das duas últimas temporadas, se não foi o melhor, está entre os 3.

Leão fez o que o Santos não está acostumado a enfrentar, ele atacou.
Parece simples, né? E foi. Não é, mas foi.
Não é simples porque o Santos tem Neymar e Ganso, mas foi simples porque o São Paulo tem um baita time!
E com esse baita time, Leão entendeu que é possível fazer frente ao Santos de Neymar.

Tenho uma ponderação a fazer. Eu não sei se é o Santos que faz Neymar parecer esse monstro todo ou se é Neymar ("sozinho") que faz o Santos parecer o melhor time do Brasil. Sério, é estranho.
As vezes ele é tão bem abastecido pelos outros jogadores, as vezes não... parece que precisa resolver tudo por ele mesmo. Enfim, saberemos nos mata-matas do Paulistão e da Libertadores.

Já o tricolor não, esse foi bem. Se portou como Soberano.
Émerson Leão fez esse time jogar como o Santos e encarou de igual para igual.
Algumas coisas da bola são difíceis de explicar, por exemplo: em 3 anos de profissional, a primeira vez que eu vi Neymar ser marcado do jeito que foi, foi hoje pelo zagueiro/volante/lateral Rodrigo Caio. O que o camisa 25 são paulino marcou não está escrito. O torcedor azedo falará que o garoto foi expulso por duas faltas em Neymar, eu respondo que é normal ser expulso marcando Neymar em um jogo pegado e corrido como foi esse SanSão. Neymar é muito rápido e leve (apesar de estar muito forte), fatalmente, sofrerá mais faltas e cabe ao árbitro julgar se merece ou não advertência.

O treinador tricolor conseguiu colocar 'um quê' a mais nesse time, talvez mais uma parte motivacional, talvez apenas algum aditivo psicológico, enfim, o fato é que o São Paulo que entrou em campo hoje, quis a vitória o tempo todo, até com um jogador a menos e isso é o que deve ser enaltecido. Não houve 1 min sequer daquele time chato e sem sal que jogou rodadas atrás.

Lucas fez uma de suas melhores atuações com a camisa tricolor e Luis Fabiano vêm crescendo tanto quanto Rhodolfo, Cortez, Denilson e Cícero. Além do ótimo Casemiro, que com a cabeça boa, é jogador pra fazer história no São Paulo.

Como é natural pensarmos primeiro em 'porquê o Santos não jogou' e esquecermos de analisar o outro lado, eu afirmo, o São Paulo mostrou o caminho de como ganhar do Santos; se vai ganhar caso haja outro confronto entre os dois, não dá pra saber, mas o roteiro é esse. E engana-se quem pensa que qualquer um pode fazê-lo, porque o SPFC jogou como quem quer ser campeão e o Santos também, mas pegou um time tão forte quanto ele e com 'uma ferrari' que desequilibra qualquer jogo.

E para o Santos nada muda. Continua sendo o melhor time do país na atualidade, mas agora sabe que há um grande clube no Brasil capaz de enfrentá-lo hoje. E não me venham com mimimi de 'viagem desgastante', 'cansaço muscular'ou 'não valia nada'. Vale muito, anima quem ganha e desanima quem perde, logo, vale demais um clássico.

Resta saber se esse jogo ditará o ritmo do tricolor daqui pra frente ou se essa animação toda foi fruto de um tabú e de uma vontade absurda de vencer aqueles que são apontados como os melhores, quase um "óh, também sei fazer".

Abs.
Felippe Palermo.


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quinta-feira, 15 de março de 2012

Vitória fabulosa

E o São Paulo goleou. Podia ter feito 12, mas só fez 4... rs
Ok, não serei chato e exigente ao ponto de pormenorizar o bom jogo feito pelo tricolor e pelos 4 gols de Luis Fabiano.

Eu tenho a minha tese clara e simples de que na 1a fase da Copa do Brasil não tem essa de 'respeitar adversário' e de 'sabemos que o jogo é difícil', eu ainda deixo passar os jogos fora de casa, porque as vezes os grandes enfrentam times minúsculos em estádios menores que o time nas mais diversas pequenas cidades desse Brasilzão. Então, por isso, não vejo mais tanto problema em o São Paulo não fazer 8 no Independente lá no Pará ou o Palmeiras não fazer 5 no Coruripe-AL.
E outra, é bacana pelos times de expressão quase inexistente virem pras capitais, jogarem em estádios bacanas e conhecer outros lugares, enfim, o Brasil é enorme, riquíssimo culturalmente e os caras também merecem usufruir do que o adversário têm, isso exercendo a mesma profissão.

Injustiças sociais à parte, o tricolor jogou muito bem. Foi um jogo contra um aversário fraquíssimo que não ofereceu nenhum perigo à classificação dos paulistas, entretanto, eram 11 jogadores do outro lado, todos uniformizados e registrados, logo, jogo oficial. E o SPFC respeitou os caras e foi pra cima.

Leão têm algumas particularidades que eu acho sensacionais.
É nítido que ele faz alguns jogadores renderem muito mais, casos de Casemiro e Cícero nesse ano (Diego Tardelli no primeiro semestre de 2005 também) e depois da pseudo crise entre Lucas e ele, o moleque comeu a bola hoje. Foi pra cima, arriscou jogadas, errou, tentou de novo, acertou, enfim... foi o Lucas que todos queremos. Sem mimimi, sem ser sãopaulininho mimado e jogando futebol, sendo o Lucas e não o próximo Neymar. A única coisa que faltou foi o gol do camisa 7 e hoje ele merecia muito!

Luis Fabiano foi fabuloso, 4 gols, com força e qualidade, mostrou que está quase 100%, sua explosão é a mesma de tempos atrás e o faro de gol impressiona.
Sem dúvida será importantíssimo para o tricolor nas próximas fases de Paulistão e Copa BR.

O SPFC enfrentou uma equipe fraca e sem nenhuma expressão, vencer e convenceu. Tem seu lado obrigatório, mas também devemos enxergar os méritos da equipe comandada por Leão, que vem tentando (e conseguindo) se encontrar e se firmar a cada jogo.
Não falta disposição tática para os jogadores; todos eles são muito aplicados em suas funções e têm ao seu lado um fator importante: a qualidade individual de cada um.
Se citarmos por nome, é inegável que Rhodolfo, Cortez, Casemiro, Jadson, Lucas, Luis Fabiano e Osvaldo podem decidir o jogo numa jogada individual (com exceção à Rhodolfo, que tem a qualidade defensiva). Por isso que reitero, quando esse time der liga, aí sim será um baita candidato à tudo que disputar, hoje é só um dos e não O favorito à Copa do BR, no Paulistão, quem apita é o Santos, seguido pelo Corinthians, mas tudo pode acontecer, claro.

Em noite fabulosa e com Lucas jogando como Lucas, devemos enaltecer o bom jogo feito pelo tricolor.
Uma maneira séria e inteligente de se preparar para o jogo dificílimo de domingo, contra o Santos, no Morumbi.

E a 1 mes do prazo dado por Leão para a exigência máxima de seus comandados, o São Paulo faz seu melhor jogo na temporada.
E não me venham falar do quão fraco era o time adversário, afinal, cada um colhe aquilo que planta e em 2011 o tricolor plantou o que está colhendo agora.

Abs.
Felippe Palermo.


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segunda-feira, 12 de março de 2012

Muita animação pra pouco motivo

Hoje pela manhã Ricardo Teixeira anunciou seu desligamento total da CBF.
Fogos, rojões e festas por todo o Brasil. Claro, já era esperado, quando esse dia chegasse, o povo brasileiro se veria mais feliz e com O cara fora da entidade.

O problema está justamente aí, em acharmos que Teixeira era o poderoso vilão da CBF, quando na verdade quem dá munição pra continuarem atirando é a direção do seu time, querido torcedor brasileiro.
A população que gosta de futebol é muito mal informada sobre o que de fato acontece no mundo da bola.
Tudo aquilo que é feito e tratado nos bastidores são o que regem tudo o que vemos e reclamamos nas fachadas.

Enquanto os torcedores comemoram a saída de Ricardo Teixeira, e vibram com uma possível renovação da CBF, José Maria Marin de 80 anos assume o cargo com um discurso que com certeza deixará os mais contentes torcedores com cara de gol contra.
"Vamos continuar com o trabalho que vinha sendo feito por R.Teixeira"
E aí? O que muda?
Acompanhei um pouco pelo twitter a animação da torcida são paulina.
Me pareceu que Rogério Ceni havia assumido a CBF. Doce ilusão...
Vamos com calma, ainda há muito o que fazer para tornarmos a política do futebol brasileiro séria e limpa.

E tem mais, sabe o que houve de diferente hoje de manhã na CBF? Absolutamente nada.

Então, como a informação não chega até o torcedor e o torcedor também não está nem aí pro conteúdo, só quer saber do que lhe convém, eu informo: enquanto os presidentes dos nossos clubes não começarem a parar de ser cúmplice de quem comanda, continuaremos com a mesma gestão suja e mal feita.

Não se esqueçam que tudo que acontece na CBF morre internamente, porque a entidade é privada, não pública. A suposta lavagem de dinheiro, as supostas combinações para ajudar ou prejudicar a, b ou c, tudo fica por lá e não adianta sorrir e agradecer por uma parte do câncer ter ido embora, muitos outros pontos ainda estão afetados e eu prometo pra vocês, não adianta nada subir a tag #ForaTeixeira no twitter.
O que adianta é parar de elegê-los, mas vou dar outra informação, os clubes elegem esses caras que nós tanto massacramos porque têm motivos para isso.

O primeiro passo foi dado, 23 anos de poder e ditadura esportiva. É, de fato, um ciclo importante que se encerra.
Mas aí entra outro de 80... E assim o futebol brasileiro continua sua incrível e incansável busca à decadência.

Abs.
Felippe Palermo


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Teoria e prática

Antes de iniciar o texto sobre SPFC x Lusa, preciso fazer um desabafo sobre uma campanha sem sucesso de alguns 'torcedores' são paulinos:

Parte da torcida tricolor teve uma ideia brilhante. Eles tentaram inventar uma campanha; aliás, uma campanha extremamente inteligente: 'Boicote ao Morumbi. Não compareça ao estádio nessa quarta feira contra o Independente-PA'
Show de bola, né?! A torcida que menos vai ao estádio quando seu time não está bem, fazendo um boicote ao próprio time, que está em 3o lugar no Paulistão e vai se classificar na Copa do BR.
Se já não coloca 10 mil pessoas em jogos pequenos, pra que dar esse tiro no pé e implantar essa auto-crise?

Resumindo: teoricamente, o São Paulo é o Soberano.
Na prática a cada dia que passa e a cada atitude dessa, o tricolor acaba ficando cada vez mais longe do posto que tanto se orgulhou em chegar.

Agora, vamos ao jogo: São Paulo e Portuguesa fizeram um jogo muito mais legal na teoria do que na prática.
Esse jogo marcava o primeiro encontro de um trio que teoricamente têm tudo pra fazer história no São Paulo, pelo que jogam: Jadson, Lucas e Luis Fabiano.

No Morumbi, os 16 mil torcedores que enfrentaram a chuva e foram na expectativa de ver um tricolor diferente em campo, não se irritaram pouco com o mau futebol apresentado pela equipe na primeira etapa.
No intervalo Leão trocou Casemiro por Fernandinho e o São Paulo passou a ter mais posse de bola, porém, posse de bola só é resultada em gol com eficiência. Não adianta nada tocar, tocar, tocar e não avançar.


A lógica do futebol é não ter lógica e hoje, o São Paulo tinha que vencer.
E o São Paulo tomou mais um gol de bola aérea, aos 2 minutos do 2o tempo, depois de uma bela jogada do bom Ananias, Ricardo Jesus fez, de cabeça, 1 a 0.
O que, na teoria, seria o início de um 2o tempo extremamente complicado, tornou-se menos doloroso quando Jadson demonstrou muita técnica e inteligência ao bater de fora da área no único cantinho que a bola poderia entrar, 2 min depois do gol da Portuguesa; E isso facilitou tudo para a virada, teoricamente, fácil pelo domínio tricolor.

A virada aconteceu depois de um contra ataque puxado por Cícero, que tocou para Jadson, que com uma visão de jogo diferenciada, deixou Luis Fabiano de frente pro gol, o camisa 9 deu um corte seco no zagueiro e bateu de pé esquerdo, decretando a vitória tricolor.

Eu volto a repetir. Leão tem anos de bola, aliás, o que eu tenho de idade, ele tem de treinador (22 anos), então se ele diz que o nível de exigência e cobrança devem estar no máximo no meio de abril, eu respeito e aguardo ansiosamente para ver Fabrício, Cícero, Jadson, Lucas, Luis Fabiano e Osvaldo juntos. Sim, Osvaldo é o segundo atacante que eu escolheria para fazer dupla com o Fabuloso. Tenho certeza que dará certo.

Mesmo com mais uma vitória aos trancos e barrancos no Morumbi, o São Paulo não mostra em momento nenhum que esteja passando por uma má fase, nem sequer demonstra que passará. O fato é que o time ainda não deu liga.

É o extremo oposto do Palmeiras, que tem um bom time, mas deu liga.
Logo, vemos jogos brilhantes do verdão mesmo com um plantel inferior individualmente ao do tricolor; acontece, é o que os torcedores chamam de injustiça ou azar... eu chamo de coisas da bola.

Abs.
Felippe Palermo.


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quinta-feira, 8 de março de 2012

Adiós, ex-bicho papão

Fluminense e Boca Jrs. se enfrentaram pela Libertadores ontem em La Bombonera.
O nosso tricolor carioca com todo o investimento feito, com Deco, Fred e cia., era visto como zebra por parte da mídia (que não se atualiza), caso vencesse. Eu discordo. E vou explicar porquê.

O futebol argentino vive uma crise economica absurda. Pra vocês terem uma idéia, os caras não teriam bala nem pra bancar a base do Santos.
O Flu foi um dos clubes brasileiros que mais investiram e investiram certo.
Contratações pontuais, com um treinador excelente e um grupo que deu liga e se uniu. Bingo!
Hoje, o Fluminense é um sério candidato a chegar às finais da competição continental.

Como a economia lá está um lixo e a daqui aquecida, 3.500 torcedores do tricolor se deslocaram até Buenos Aires para ver o 'jogão'.
Seria um jogaço por qual motivo? Por ser o Boca? Por ser em La Bombonera?
Foi-se o tempo que o Boca era o bicho papão que colocava medo em qualquer time do mundo que jogasse lá.
La Bombonera é um estádio que ajuda a deixar o time adversário acuado, mas para isso acontecer, o Boca precisa jogar bola e isso não aconteceu ontem. Houve pressão, lógico, não estou falando do Chacarita Jrs., a diferença de finalizações assusta, foram 24 a 7 para os argentinos, mas o Flu segurou e venceu.

A crise na Argentina está tão intensa, que esse time do Boca Jrs. estava há 36 partidas sem vencer. O que, obviamente, causou uma confusão na cabeça dos argentinos.
Pois é claro, a gente se acha preparado conforme os números, logo, enquanto estava batendo em bêbado, tava tudo lindo e 36 jogos de invencibilidade; quando foi testado de verdade, perdeu. E vai perder no Engenhão também.

O tricolor agiu perfeitamente. Foi, jogou, ganhou e acabou. Não ficou pensando em como seria enfrentar o tão temido Boca em La Bombonera e bla bla bla, enfim, foi e encarou.
O Santos passou por esse problema. Ficou pensando em como não perder do Barcelona e esqueceu de ganhar (guardadas TODAS as devidas proporções entre Boca, Santos e Barça. Falei apenas de como agir)

Eu citei a parte econômica de ambas as equipes e dos países também, pelo simples fato disso influenciar muito em campo.
O Boca é um dos maiores clubes do mundo, tem uma história vencedora e realmente até pouco tempo atrás era complicadíssimo vencê-los em seus domínios; mas os tempos são outros. Hoje, o Fluminense é o time que tem um timaço jogando e outro timaço no banco. Então, ontem, deu a lógica.

Fiquei muito feliz com com os gols de Fred e Deco. Isso é importante, nos dá respaldo para continuar contratando os craques que foram jogar na Europa.
Com a economia brasileira do jeito que está, com os investimentos em mkt, estrutura, preparação e em atletas, dificilmente perderemos o posto de país multicampeão da Libertadores. Ninguém está mais firme e forte que nós.

E o Fluminense segue seu caminho com firmeza.
Cheio de estrelas e bons nomes em seu elenco, com Abel Braga no comando e muita esperança por parte de seus torcedores.
O futebol é injusto, não tem lógica e nos prega um monte de peças, mas acreditem, no Fluminense as coisas também não têm lógica, acontecem assim, do nada e quando você menos espera... o Time de Guerreiros ataca mais uma vez.

Abs.
Felippe Palermo.

Diferente e diferenciado

Hoje vou contar a experiência futebolística mais bacana do ano.
Como vocês já devem saber, eu moro em Santos. Terra do maior e mais lindo jardim da orla; terra do Charlie Brown Jr., terra do maior porto da América Latina e terra do time do momento, Santos Futebol Clube. E o time do momento, não por acaso, tem O cara do momento: Neymar Jr.

Pensando no quão bom seria o jogo entre Santos e Internacional pela Libertadores, resolvi ir à Vila Belmiro nessa 4a feira. Queria fazer algo diferente, ver o jogo do campo, para passar alguma impressão que tivesse assistindo de lá. Não gosto de nada muito previsível, principalmente no futebol, então tentei pegar o máximo de aditivos diferentes para fazer esse texto, mas adivinhem!? Quem deitou e rolou de novo? Quem viu o único que é maior que ele fazer 5 gols a tarde e a noite fez 3? Quem fez dois gols de placa? Quem foi decisivo mais uma vez? Acertou quem respondeu Neymar.

O moleque é imprevisível sendo previsível, entenderam?
Todo mundo sempre sabe que algo diferente e efetivo sairá de seus pés quando a bola está com ele, mas e aí, como pará-lo?

Eu acabo me contradizendo quando reclamo de previsibilidade, porque o que faço aqui, repetidas vezes é falar bem de Neymar. Mas é claro, o cara acabou com o jogo. Impossível não enaltecer.
Ouso dizer que sem ele, o Santos teria perdido do Inter ou se perder é muito forte, teria sérias dificuldades para ganhar.
Neymar hoje é tão diferente e diferenciado, que faz os outros times parecerem menos fortes do que realmente são.
Entenderam a magnitude? Um jogador de 20 ANOS, hoje, faz com que um TIME pareça ser menos forte!

É um absurdo o que faz com a bola. A gama de jogadas, dribles, passes e finalizações parecem intermináveis e eu, de novo, venho por meio deste texto falar: Neymar é um ET.
Ele é tão imprevisível que nem sabe explicar como fez os gols que fez hoje. Estranho né?
Neymar aos 20 anos dá sinais claros de que nasceu para o protagonismo. E isso, numa safra mediana como a que temos para a Copa 2014 é maravilhoso. É quase um sonho poder se ater à Neymar; não completamente, claro, mas tê-lo jogando nesse nível é um espetáculo.

Devo ressaltar aqui que Muricy Ramalho equilibrou 100% do time. É a cara dele. Tudo certinho, funcionando como uma máquina.
Goleiro e defensores continuam os mesmos. Rafael é muito bom e seguro; Dracena e Durval se entendem e são muito experientes.
Fucile caiu nas graças da torcida e vai bem também. Juan é o único que destoa um pouquinho, mas bem pouquinho mesmo. Destoa, não compromete; entendam, é diferente.
Agora, a grande sacada de Muricy foi montar um meio consistente, forte e ao mesmo tempo leve e muuuito inteligente. Arouca e Henrique estão hoje entre as 3 melhores duplas de volantes do Brasil; Ibson reencontrou o ótimo futebol da época de Flamengo e Ganso voltou a ser Ganso; só que com um adendo: ele agora marca. Não só marca, como corre pra marcar!
Está aí a grande diferença do Santos pros outros, todos marcam. Desde Borges e Neymar, até Juan e Fucile, a equipe é compacta e unida, um ajuda o outro e assim, torna-se séria candidata a mais um título importante.

Está muito cedo, eu sei, mas o que jogou Arouca, Henrique, Ganso e Neymar hoje, é digno de deixa qualquer santista cheio de esperança.
Exalto tanto assim porque o adversário era o Internacional, que tem um baita time. Mas esbarrou naquele jogador que faz um time parecer fraco, quando na verdade é muito forte.
O Inter tem elenco, vai se classificar e vai disputar a 1a posição do grupo com o Santos. E têm condições de ganhar lá no Beira Rio. 
Leandro Damião é ótimo. Forte, técnico e muito inteligente. É o camisa 9 do Brasil nos próximos anos. Não duvido disso.
No jogo de hoje, o time melhorou muito depois das entradas de Dagoberto e Tinga. Dorival acabou deixando a equipe muito estática no 1o tempo, claro, por respeito ao Santos na Vila, afinal, ninguém melhor que Dorival Jr. pra saber como os jogos fluem na Vila Belmiro.

E mais uma vez, dentro de toda previsibilidade do futebol atual, Neymar foi o diferencial.
Eu, imprevísivel que sou, cravo: Neymar será artilheiro e levará o Santos bem longe nessa Libertadores.
A caminhada é longa e provavelmente bem mais difícil que a do ano passado, mas quem tem Neymar, tem tudo, inclusive a sorte de ter Neymar.

Abs.
Felippe Palermo.

domingo, 4 de março de 2012

Justo e no sufoco

Os jogos do São Paulo contra os times de menor expressão têm a cara do São Paulo. É até engraçado.
O tricolor inicia o jogo imprimindo seu ritmo, com posse de bola de Barcelona. Trabalha bem a bola, principalmente por ter bons volantes e meias de qualidade. O problema é a execução dos lances.
Se fizesse tudo aquilo que cria, o São Paulo seria o Santos de 2010, lembram? Tomava 4, fazia 6. Maravilha.
Mas não é assim; O elenco ainda não deu liga.
Jadson, por exemplo, foi substituído no intervalo, pois não consegue ser 'o cara' do meio campo, o camisa 10 que o tricolor procura há tanto tempo. Hoje, quem fez o SPFC entrar no G4 foi Osvaldo, saindo do banco e fazendo a jogada do gol de Cícero. Aos 45 do segundo tempo. Um sufoco contra o fraco XV Piracicaba.
A defesa está há 2 jogos sem tomar gol, mas não transmite a mesma segurança que outros zagueiros que passaram por lá transmitiam. Enfim, é um elenco em processo natural de adaptação.

Eu ainda acredito que esse grupo irá tornar-se vencedor. Alguns jogadores importantes ainda não estão aptos a jogar, outros ainda vão melhorar muito. Émerson Leão diz que em abril, o elenco poderá ser cobrado no nível máximo de exigência, eu respeito o que o treinador tricolor diz, mas não concordo.
O Santos já chegou. Está em 2o no Paulistão e já sobra dentre os 20, na minha opinião, claro.
E o SPFC com esse elenco, não pode se dar ao luxo de ficar atrás dos outros 3 grandes.
'Ah, mas têm mais jogadores no REFFIS que no campo', 'Ah, o Camp. Paulista só vale mesmo a partir da próxima fase', se desculparão os mais fanáticos torcedores. E daí? Pergunto eu.

Sei disso muito bem, um time com a grandeza do São Paulo e com o elenco que dispõe, não pode se valer desse tipo de pensamento medíocre. O tricolor passa pelo sério problema de pipocar em jogos contra grandes adversários e se continuar assim, vai perder -mais uma vez- para o Santos, no Morumbi, daqui a dois domingos.

Leão precisa arrumar um jeito de equilibrar o time do São Paulo.
O ataque que funciona tão bem, precisa ser abastecido com qualidade e rapidez pelos volantes, que também precisam marcar mais ajudando os defensores, equilibrando assim, de uma maneira completa esse time de tanto potencial.

Os três próximos jogos do SPFC dirão o que vai ser desse clube tão acostumado a vencer, mas que há 3 anos está devendo ao seu torcedor.
Independente-PA, lá em Belém; Portuguesa e Santos, no Morumbi.

Que o tricolor consiga voltar a vencer e convencer. E que não demore muito, porque abril está chegando e vocês serão cobrados. E a cobrança será feita de acordo com o tamanho do clube.

Abs.
Felippe Palermo.


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Sem covardia, deu a lógica

Santos e Corinthians fizeram o clássico paulista desta rodada.
O jogo foi muito comentado durante a semana, não só por marcar o encontro dos dois alvinegros, mas também por promover a reabertura da Vila Belmiro para os jogos de 2012.

Sempre envolvendo uma polêmica aqui, outra ali, fiquei surpreso quando o Sheik corinthiano brincou e falou que seria 5 a 0 para o timão. Pensei, é uma brincadeira, mas o Corinthians deve vir forte mesmo, afinal, pega o Nacional-PAR 4a feira no Pacaembu e tem uma baita chance de se firmar de vez como 1o colocado do Paulistão se vencer hoje. Ledo engano...
O time de Muricy Ramalho, que sempre poupou seus titulares nos times que treinou e que enfrentará o Inter, 4a feira na Vila, e teoricamente, tinha tudo para poupar os jogadores, entrou com 100% de sua força; já o Corinthians poupou alguns jogadores titulares e sofreu. Mesmo com Ralf, Alex, J.Henrique e Adriano em campo.

O jogo em si não foi tão bom quanto se esperava. Weldinho marcou Neymar muito bem o jogo todo. Ganso errou os últimos passes de 4 ou 5 jogadas perigosas no 1o tempo e o mais interessante, na saída para o intervalo, se cobrou para melhorar. Falou ao vivo "...a equipe está se portando bem, com uma boa posse de bola, mas estamos errando aquele último passe, no caso eu errei a maioria...", demonstração clara de maturidade e humildade.
Dito e feito, Ganso voltou mais ligado e Neymar mais rápido pro jogo. E o Corinthians sem a mesma pegada que se vê nos jogos, principalmente no Pacaembu.
É claro que uma equipe que faz poucos gols, mas também não leva, uma hora vai pegar uma equipe com um bom ataque e vai sofrer as consequencias.
Ganso, com -muito- espaço, deixou Ibson na cara de Julio Cesar. Gol e fim de papo.

O Corinthians não teve poder de reação e o Santos administrou muito bem o jogo a partir do gol de Ibson.
Neymar continua com seu repertório absurdo de jogadas e dribles e Ganso vêm crescendo assustadoramente. Um passe genial atrás de outro.

O que condeno não é a atitude de poupar um ou outro jogador por problemas físicos ou para prevenir de uma lesão, mas poupá-los de trabalhar no domingo, porque têm que trabalhar na 4a é brincadeira. É muuuito mimo!
Muricy mostrou pro Brasil inteiro que é possível ter um jogo dificílimo na 4a, contra um adversário copeiro como o Internacional, válido pelo torneio mais importante do 1o semestre, usar todos seus titulares no clássico do campeonato estadual e ganhar o jogo do outro que foi covarde.

Ter um jogo de Libertadores no meio de semana e usar sua força máxima no domingo não é ousadia, é o normal, é o que tem que ser feito. Não confundam. Está havendo uma inversão de valores e responsabilidade. Covarde é quem poupa e mima os atletas.
E de atleta covarde e mimado a gente já ta cheio. Ah, e 2014 é logo ali...

Abs.
Felippe Palermo.


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sexta-feira, 2 de março de 2012

Ainda é muito pouco

E foi do jeito que tinha que ser. SPFC e Guarantiguetá se enfrentaram no Morumbi, pelo Paulistão.
Minha tese para o Campeonato Paulista é simples e objetiva. Santos, Palmeiras, Corinthians e São Paulo têm que vencer pelo menos 90% dos jogos em casa. E não tem desculpa.
Eu sei que futebol é complicado e injusto, que há outros 11 do outro lado, querendo o mesmo objetivo, mas esse ano, com os elencos que têm, não podemos dar colher de chá aos gigantes do futebol paulista.


Contra o Guará, era quase uma obrigação não tomar gols, e 9 rodadas depois do primeiro jogo (4 a 0 contra  o Botafogo-SP), o tricolor conseguiu vencer, sem ser vazado.
O 3 a 0 foi justo. O tricolor dominou o jogo todo e apesar de jogar mal no primeiro tempo, viu seu maior talento fazer um lindo gol aos 41 minutos.
O muito bom Willian José também aproveitou a chance que teve e depois de um belo passe de Casemiro, saiu na cara do goleiro e com um toquinho leve, fez, de cobertura, o segundo gol do SPFC.
Já com o jogo nas mãos, Casemiro fez um lançamento maravilhoso para Fernandinho que ajeitou o corpo e encheu o pé. Fim de papo, 3 a 0 e mais 3 pontos para o tricolor.

Os destaques da partida foram Casemiro, Lucas, Willian José, Rhodolfo e Denílson.
Leão acertou em cheio ao colocar Rodrigo Caio na lateral direita. O jovem volante/zagueiro tricolor, deu conta do recado e acreditem, tem MUITO mais qualidade com a bola nos pés que Iván Piris.
Comigo, Piris seria banco, até Douglas encontrar-se em condições, depois disso, um trabalho técnico com o paraguaio não seria má ideia.


O São Paulo, hoje, é o pior dos quatro grandes; não somente por estar em 6o, atrás dos outros três, mas também por ser o mais desequilibrado deles.

Pra vocês entenderem melhor: no São Paulo, às vezes parece que falta motivação, sabe? Sem generalizar, mas alguns jogadores parecem ter tudo em mãos, recebem em dia, uma baita estrutura e o comodismo vai tomando conta... E isso é extremamente perigoso. Precisa amar a vitória, precisa gostar de vencer, mais do que gosta de qualquer coisa em suas vidas pessoais, caso contrário, o até outra hora Soberano, passará a ser um simples coadjuvante.

Vendo os jogos dos quatro grandes, eu faço uma análise rápida do perfil atual de cada um:
O Santos é o melhor, pois alia muita disposição tática, com jogadores técnicos, inteligentes e obedientes e ainda conta com talentos individuais como o de Ganso e Neymar. Favorito a tudo que disputar.
Já o Corinthians é muito eficiente no padrão que emprega. Há quem diga que Tite vêm dando uma 'cara européia' ao alvinegro, por não tomar gols e fazer pouco. Há muito equilibrio ali, todo o que falta ao São Paulo, por exemplo. Vê-se pela campanha; 1o colocado com 4 pontos de diferença para o vice líder. Jogadores muito bem treinados e entrosados, que jogam juntos há anos. Vêm fortes na Libertadores e na fase final do Paulista.
O Palmeiras foi o que mais evoluiu nesse início de temporada. Felipão reencontrou o jeito que gosta de trabalhar, com um meia bem ofensivo, que um dia foi Alex e hoje é D.Carvalho; um atacante velocista, como foi Paulo Nunes e hoje é Maikon Leite; e o centroavante, que era Oséas e agora é Barcos. Conseguiu também sair da dependência total das bolas paradas de Marcos Assunção, hoje, continua tão eficiente como sempre foi, porém sem exageros.
E o São Paulo patina. Tem um baita elenco, jogadores capazes de ser campeões dos 4 torneios que disputam esse ano (Paulistão, Copa do Brasil, Brasileirão e Sulamericana), mas você apostaria? Nos 4, jamais. Mas em uma vaga pra Libertadores, sim!
Falta alguma coisa nos jogadores do tricolor. Não sei o que é. Não parece ser nada grave, talvez falte ao SPFC, o que aconteceu com o Palmeiras. Dar liga. Só isso.
Jadson encontrar de vez o bom futebol, Cícero evoluir cada vez mais, Cortez continuar sendo um baita lateral atacando e melhorar defendendo; Fabrício, R. Ceni e Luis Fabiano voltarem bem, enfim, coisas que acontecem no futebol sem haver uma explicação científica.

Ainda é muito cedo para cobrar algo em um nível maior de exigência, mas também, ser o 6o colocado do Campeonato Paulista é muito pouco para dormir satisfeito.
Tem que ficar p. da vida com isso, tem que destruir o XV de Piracicaba com ou sem volantes, tem que ter vergonha na cara e ganhar do Independente lá em Belém e cancelar o jogo de volta, além de não poder perder nem pra Portuguesa, muito menos mais um clássico para o Santos no Morumbi.

O São Paulo tem time pra ganhar dos quatro próximos adversários. Essa sequência, dirá, se não tudo, muito daquilo que o tricolor quer na temporada.
E o São Paulo não pode querer pouco, seria muito desperdício.

Abs.
Felippe Palermo.


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quinta-feira, 1 de março de 2012

Deu liga

Quando uma equipe passa por um longo período de maus resultados, é natural que a mídia, os torcedores, os dirigentes e até os jogadores passem a não acreditar no sucesso, na 'volta por cima'. E o Palmeiras esteve assim.

Não há nenhum outro clube no Brasil que não consiga passar uma rodada, seja ganhando ou perdendo, sem procurar um problema, interno ou não, como o Palmeiras.
A pressão era tão intensa, que o maior ídolo recente, Marcos, as vezes 'jogava contra'. Mas nunca na maldade; Marcão era assim mesmo, autêntico, palmeirense convicto, odiava ver o clube que tanto ama naquela situação.
Desde um simples problema corriqueiro no vestiário, até grandes discussões abertas entre dirigentes e comissão técnica, passando por bons e maus jogos, o Palmeiras não encontrava a paz.
Até que um velho reforço foi contratado para amenizar essa panela de pressão absurda que se instalou em um dos maiores clubes de futebol do Brasil.

Luis Felipe Scolari, campeão da Libertadores 99,  foi a cara do Palmeiras durante uma era vencedora e foi baseado nisso que foi contratado, para fazer esse gigante se acostumar com as vitórias e os títulos.
"2011 não foi um bom ano para o Palmeiras", dirá algum cronista por aí.
"Claro que foi", eu direi.
E foi porque no futebol as coisas levam um tempo para acontecer, não é porque Felipão começou a treinar o time em março, que em abril tudo será lindo e fácil, não, muito pelo contrário; Luis Felipe Scolari mostrou o tamanho de sua força ao segurar esse grupo que até outro dia era ruim e sem confiança e transformá-los num elenco competitivo e aparentemente vencedor.

O Palmeiras deu liga. E dar liga, é o primeiro passo para tornar-se campeão,
O que quero deixar claro aqui, é a importância do treinador LF Scolari para o verdão. Ele conseguiu reformular o elenco de tal forma, que hoje, vejo o Palmeiras forte, grande, sendo respeitado pelos adversários de uma maneira efetiva, e não somente por ser o Palmeiras que há 15 anos era gigantesco.
Felipão foi paciente e cirurgico. Deu uma cara ao time. Usa as bolas paradas de uma maneira eficiente e hoje, sem exageros.
Marcos Assunção é um fenômeno batendo na bola, mas no clássico contra o São Paulo, Daniel Carvalho fez de falta e na vitória de ontem, contra o Linense, Maikon Leite cobrou a falta que originou o primeiro gol palmeirense.
A defesa hoje é consistente e segura, os laterais Cicinho e Juninho são muito bons e sabem fazer jogadas laterais, chegando ao fundo e cruzando.
Ontem, sem Assunção, o Palmeiras matou um fantasma e viu que há vida sem ele. Valdívia precisará mostrar que é o mesmo de 2008 para ganhar uma vaga nesse time e Luan terá Maikon Leite para brigar pela vaga no ataque.
Bons problemas para Felipão, que com pouco, está fazendo muito.

Agora o grande destaque desse início de temporada é o atacante Barcos. Já o elogiei muito aqui pelo jogo que fez contra o SPFC, e hoje merece de novo.
É muito inteligente e seguro no que faz. O gol que fez ontem foi daqueles de quem sabe muito o que está fazendo. Mostrou agilidade, explosão, técnica e frieza. Golaço!
Aí, eu bato na tecla de que tão chato e prevísivel que está o futebol hoje, Barcos se destaca por pensar e executar de uma maneira diferente. É simples. Mas precisa de qualidade, claro. E isso não falta no argentino.

Luis Felipe Scolari está de parabéns até aqui. Está invicto há 16 partidas, contando Brasileirão 2011, amistosos e Paulistão 2012.
Trouxe de volta uma identidade vencedora ao clube. E isso será colocado à prova a partir da próxima fase do Paulistão e da Copa do Brasil.

As vezes é preciso resgatar uma peça que foi importante no passado, para resgatar uma mentalidade campeã.

Abs.
Felippe Palermo.


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