segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cenas repetidas

Três gols, uma partida sem a cara do Santos e classificação para a final do Paulistão pelo 4º ano seguido. Esse é o SFC.

Não é de hoje que o Santos sente-se bem jogando no Morumbi.
Não é de hoje que o SPFC não joga pior que o Santos e perde os jogos decisivos do Paulistão.
E também não é de hoje que Neymar acaba com qualquer sistema defensivo.

Vimos ontem, um filme que se repetiu pelo terceiro ano seguido e devemos dar créditos a Neymar, Arouca, Léo e Ganso.
Esses participaram dos outros dois curta metragens e sempre como protagonistas, diga-se.

Fazer 1 a 0 no início de um jogo decisivo com um adversário tradicional e gigante é bom, quando se tem Neymar, é quase fatal.
Muricy colocou seu time todo no campo de defesa, fechando as laterais para as investidas de Lucas e Cortez e congestionando o meio, atrapalhando as subidas de Casemiro e Cicero e deixando Jadson sem espaço.
Ganso e Alan Kardec formavam a primeira dupla no circulo central e Neymar estava livre, leve e solto para correr e jogar.
Pronto, esse foi o esquema de Muricy. Simples, objetivo, inteligente e eficaz.

A maldade está nos olhos de quem quiser.
Há quem diga que o Santos se portou como uma equipe pequena, que deveria ter partido pra cima e goleado. Mas peraí, é o São Paulo no Morumbi, com 2 a 0 a favor aos 35 do 1º tempo. Precisa sair pro jogo, sabendo que tem Neymar num dia inspirado?

Neymar é um show a parte. Citei no início do texto que a partida não teve a cara do Santos, principalmente pela grande posse de bola tricolor e consequentemente por Neymar não estar sempre com a bola no pé. Mas que diferença faz, se quando a tem no pé, em 3 lances  ele resolve?
Foram 3 gols, dois cartões amarelos e um vermelho para jogadores do São Paulo. Pronto.

O Santos vive a glória de ter Neymar como sua principal válvula de escape para jogos decisivos, o que não pormenoriza a excelente partida de Arouca, Adriano e Léo. Sem contar na segurança de Elano e nos passes precisos de Ganso.
Por mais que tentemos buscar algum recurso para não acreditar que estamos vendo e vivendo o início de uma era extremamente vitoriosa dos alvinegros, não acharemos e teremos que aplaudir os súditos do Rei.

No filme que mais chegou perto de ser um suspense para o torcedor santista, o final foi digno de um musical. Dirigido e protagonizado pelos Meninos da Vila.

Abs.
Felippe Palermo.

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Vida que segue

Era o melhor São Paulo de 3 anos pra cá, contra um dos melhores times do mundo.
Era Leão em seu momento mais responsável como treinador, contra o melhor treinador do país.
Era o Morumbi com 45 mil são paulinos ansiosos pela vitória, que não seria apenas uma vitória qualquer, seria a glória, a busca de um sentido em enfrentar o Santos num momento decisivo e vencer.
Era Lucas, sobrecarregado pelo peso da amizade com Neymar e pela bola que joga, contra um time bem postado e extremamente aplicado na marcação.
Era um jogo digno de final de Campeonato Brasileiro.
Era Paulo Miranda errando um bote aos 2 minutos de jogo dentro da grande área tricolor.
Era o jogo mudando para não voltar mais à igualdade.
Era Neymar e já era.

Vamos aos fatos: Neymar é diferenciado. Acabou com o São Paulo, pegando 6 vezes na bola. Fez três gols, amarelou dois, e expulsou um, obrigando Leão a fazer uma troca no intervalo.
Com 1 a 0 aos 2 minutos de jogo, tudo muda. O que foi dito há 20 minutos no intervalo já não vale mais, por que o outro time já se posta de uma maneira mais cômoda na defesa e o que já está perdendo precisa empatar, logo, Muricy se viu na situação que mais adora, vencendo, com as rédeas do jogo nas mãos, congestionando o sistema defensivo, deixando Alan Kardec como um falso meia e liberando Neymar para correr atrás da bola nos contra ataques. Simples.
O SPFC se viu de um jeito que não se sente confortável, precisando ser agressivo, precisando ter força atacando e defendendo, tudo em sintonia. Lucas jogou uma boa partida, assim como Casemiro e Cortez, e só. Houve muita posse de bola e pouquíssima eficiência. E isso minou o tricolor.

Não é de hoje que o São Paulo têm elencos muito 'bonzinhos', não confundam com jogadores maldosos, mas sim com jogadores que sentem-se ofendidos com uma situação adversa, por mais que o outro time tenha bons jogadores. Jadson, Willian Jose, Piris, Paulo Miranda, Fernandinho são extremamente passivos e isso atrapalha.
O que quero dizer não é para quebrarem os jogadores do Santos ou serem maus, mas sentirem o jogo do tamanho que ele é. E o jogo era enorme para o brio desses caras.

Leão vê um São Paulo pronto, assim como eu vejo, o único ponto que toco é a manutenção de Paulo Miranda como titular, por mais que Leão viva o dia dia do clube e seja o treinador, não considero o camisa 13 digno de uma posição no elenco do São Paulo, que dirá como titular.
Em contrapartida confio nesse elenco para a continuação da Copa do Brasil, não vejo outro time melhor preparado que o tricolor para ser campeão do torneio.

Por mais que tentemos achar um culpado pela derrota, devemos entender que os atletas erram, os aviões voam e lá em cima, o céu é azul mesmo nos dias chuvosos. Se futebol não tem lógica, de vez em quando ele tem sentido, e o tricolor está no caminho certo.

Abs.
Felippe Palermo.

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sem pânico

Dizem que a Libertadores é 'diferente', né?
Há jogo pegado, muita marcação, preocupação em ter o melhor elenco em mãos, os times brasileiros que participam planejam a temporada toda em cima da Libertadores.
Também pudera, é a competição que dá a vaga no Mundial de Clubes, logo, é natural essa fixação por tal torneio.

Mas, até onde vai esse 'a Libertadores é diferente'?
Olha, tenham uma sempre uma certeza: em jogos no Equador, Paraguai, Colômbia, Bolívia, Venezuela e afins, vocês verão pouca bola e muita catimba, estádios lotados e segurança zero. Segurança dos atletas em campo, diga-se.
As torcidas fazem o que querem, atiram diversos objetos no gramado, colocando claramente em risco a integridade física, não só dos jogadores, mas também de quem está lá trabalhando, seja como repórter, seja como contratado dos patrocinadores do evento.
A CONMEBOL não pode ser tão conivente assim com tudo isso. É tudo tão claro. Por qual motivo não há uma punição efetiva no clube mandante ou na Confederação do país? Sei lá, dá para dar um jeito, mas parece-me que não querem que a Libertadores seja tão organizada quanto a maior competição européia.

O fato da Libertadores ser 'diferente', na linguagem da bola, quer dizer que é uma competição tão importante, que seu tamanho ajuda um jogo ruim a tornar-se um jogaço, com tons dramáticos e finais emocionantes.
Mas no fundo, é só Bolivar x Santos, e na Vila sabemos o que vai acontecer.

Hoje o Santos tinha Neymar gripado e um jogo na altitude de simpáticos 3.400m de puro ar rarefeito.
Era claro que a tendência era empatar ou perder de pouco. Fez um gol, melhor. Fica mais fácil a tarefa em Santos.

Não concordo em fazer uma análise detalhada sobre cada jogador do peixe que não foi bem hoje.
Eu sempre pondero em se tratando de fenômenos naturais, como neve, altitude e tempestades. E hoje foi assim.
O Santos vai se classificar, pode ser com ou sem drama, do jeito Libertadores ou do jeito Meninos da Vila de jogar, mas vai passar.

Por mais que a bola tenha punido os dois favoritos na Europa, aqui, ainda estamos falando de Bolivar, Emelec e Lanus, não de Chelsea e Bayern.

Abs.
Felippe Palermo


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terça-feira, 24 de abril de 2012

10 pequenas lições

Olá, acho que na tarde de hoje aprendemos mais uma vez que a bola pune e que a lógica do jogo está na delícia de não ter lógica.
Hoje, delicioso para inglês ver.

Puxa vida, Felippe, mas hein... Aonde está mesmo a lógica do jogo? Perguntam meus queridos leitores.
Pois no futebol ela está em não ter lógica. Respondo, com alegria pela quadragésima sexta vez. rs
Sim, futebol não é lógico. E não me venham com Tristão Garcia ou Matemático de Souza. Esses nunca passaram perto de uma chuteira, muito menos de um gramado.

Bom, hoje irei por pequenos tópicos para o texto não ficar tão chato quanto as redes sociais ficam quando o Barcelona perde e o amigo brasileiro comemora como se fosse um rival brasileiro perdendo o Brasileirão:

  1. O Barcelona não é imbatível, mas entrou para o hall das melhores equipes do Mundo. Se você acha que não, 13 títulos em 3 anos respondem por mim.
  2. Messi é o melhor jogador do Mundo na atualidade e hoje jogou muito mal. Perdeu o penalti que tranquilizaria o Barcelona e provavelmente os classificaria.
  3. Isso é ótimo, pois é mais uma prova de que jamais chegará aos pés de Pelé. Por mais que alguns brasileiros tentem colocá-lo próximo ao Rei.
  4. Eu, particularmente, não gosto de times que marcam mais do que jogam, porém não sou cego, nem burro... Para ganhar do Barcelona em 2 jogos, só havia um jeito: Ser eficiente na marcação e não perdoar a chance de ataque que tivesse. Nota 1000 para o Chelsea.
  5. Drogba, Ramires e Cech são os responsáveis diretos por essa maravilha de classificação que vimos hoje.
  6. O ciclo de Guardiola pode estar chegando ao fim, já que ainda não renovou seu contrato e provavelmente sairá do comando dessa máquina que montou.
  7. Não sei o que acontecerá com esse timaço do Barça, mas mais do que isso, estou curioso para acompanhar o próximo trabalho de Guardiola. Alguns trabalhos confundem os jornalistas. Não sei se é o Barcelona que fez o treinador assim, ou se foi Pep Guardiola que fez o Barça ser o que é. Aguardemos.
  8. Eu, você, os 95 mil torcedores no Camp Nou, meu pai, o Justus, o Bush, o Cristiano Ronaldo e o Pelé tinhamos certeza que o jogo estava liquidado quando o Barcelona abriu 2 a 0. Erramos em 'ter certeza'.
  9. E não seja hipócrita, nem mentiroso. Eu vi sua cara quando a câmera deu close no Petr Cech caminhando em direção as redes no 2º gol dos catalães. E vi a cara de desespero do goleirão tcheco.
  10. Parabéns ao treinador Di Matteo pela excelente marcação. Agora, amigo brasileiro, antes de criticar e chamar o treinador de retranqueiro e idiota quando o Inter fizer isso contra o Fluminense (exemplo), lembre-se dos termos que você usou para elogiar o treinador do Chelsea. É a mesmíssima coisa marcar na Europa e marcar no Brasil. Não se esqueça.
Abs.
Felippe Palermo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Até quando?

Era aquele jogo de cartas marcadas. Os últimos 6, 7 jogos do Palmeiras deixavam o sinal de alerta ligado no Palestra.
Dito e feito. Derrotas para Mirassol e Guarani e empate com o Comercial só serviram para trazer de volta todo aquele sentimento ruim e pequeno que o torcedor palmeirense vêm sentindo há anos.

O confronto contra o Guarani no Brinco de Ouro, marcava o bugre como favorito ontem, diga-se. E não é em cima do resultado que digo isso. É em cima do que o Palmeiras fez o favor de mostrar nas últimas rodadas do Paulistão.

O último bom Palmeiras que vimos foi aquele de 2008, campeão Paulista. Só. E eu falei 'bom Palmeiras', longe de 'ser Palmeiras'.
Eu já cansei de falar, citar, comentar, dizer, frisar sobre o tamanho do Palmeiras, mas parece que a diretoria, os jogadores, os torcedores, os astros e os santos querem deixar o verdão menor. Chega de pormenorizar o Palmeiras.

Precisa de que? Choque de gestão? A diretoria mudou, os problemas continuaram.
O problema é dinheiro? Tem patrocinador master, tem receita, mas contrata errado. A culpa não é do Felipão.
E Valdívia que foi bom jogador, vive machucado. Wesley contratado a preço de ouro, machucou-se também. A culpa não é do Felipão.

Aliás, Felipão faz o que pode com o que tem. Repito a frase: Felipão faz o que pode com o que tem.
Agora releiam e julguem se essa frase combina com um time grande. Não, não combina. Fazer o que pode, com o que tem, é coisa pro técnico do Bragantino, da Ponte, do Mogi, do Bangu, enfim, não do Palmeiras.

A situação está tão triste no Palestra, que em entrevista ao Arena Sportv, Felipão comentou que o Palmeiras não se sentia em casa jogando no Pacaembu e que qualquer outro estádio da capital, inclusive o Morumbi, seria melhor do que jogar nos domínios do Corinthians.
Disse também que jogar no Brinco de Ouro seria bom, pois não haveria a pressão da torcida palmeirense...
Opa, peraí... viram? De novo.
O Palmeiras se esconde em 'problemas psicológicos' com um estádio, quer jogar longe da pressão da torcida, não adversária, da própria torcida e não consegue encaixar o mesmo jogo que há 40 dias era uma maravilha. Está tudo errado.

Não sei qual é a explicação, sei que a mídia fala A, e a torcida grita A e pormenoriza o time. Aí a diretoria promete B, a torcida acredita, mas não vê o B chegar, aí a torcida grita A de novo, pormenoriza o time e quebra tudo.
E assim o Palmeiras vai buscando a luz, mas no sentido contrário do final do túnel.

Abs.
Felippe Palermo.


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Cadê?

Dor de cabeça? Dores no corpo? Problemas na concentração? Problemas com o treinador? Perguntas, perguntas e mais perguntas... Afinal, cadê 'aquele' Corinthians???

Eu não entendi, você não entendeu, a torcida muito menos. Mas futebol não é para entender. É para jogar e ganhar, as vezes você perde, no caso do Corinthians, na maioria das vezes, você ganha e assim sua história vai sendo escrita.

Para a Ponte, um 1º semestre dos sonhos. Enfrentar o Guarani no Brinco de Ouro, numa semifinal histórica de Paulistão e em meio a isso, pega o São Paulo nas oitavas da Copa do Brasil.
Do jeito que dá vai levando, surpreendendo a todos com um futebol pragmático e até aqui satisfatório. Tem mais é que sonhar mesmo, mas sem dormir.

O mesmo time que goleou o Táchira-VEN há 4 dias não pode ser julgado por uma eliminação para a Ponte Preta no Paulistão.
Ontem o Corinthians esteve desatento, frouxo na marcação e sem o equilíbrio que marca essa equipe comandada por Tite.

E pegou um adversário que foi inteligente, jogou como podia e venceu. Simples.
Júlio César errou, de novo, num momento decisivo, eu sei. Mas como a amnésia caminha lado a lado com o torcedor quando ele quer, já esqueceram do quão importante J.César foi no título Brasileiro do ano passado e nos jogos fora de casa na Libertadores desse ano.

Goleiros jovens falham, amadurecem e tornam-se ídolos. J.César tem que aguentar a pressão agora. Falhou, entendeu o tamanho do erro e agora tem a chance de mostrar na Libertadores o tamanho de sua personalidade e capacidade. Ponto. Se fizer um bom trabalho daqui pra frente, tudo se encaixa e essas falhas ficam para trás. Mas precisa provar sim que é merecedor de ser o camisa 1 do Corinthians.

A eliminação dói, é chato aguentar a 2ª e a 3ª feira, mas tem que passar por isso.
Agora o foco volta a ser 1000% a Libertadores e não pode brincar de jogar como jogou ontem.
Tem que ser aplicado, equilibrado e frio, como sempre foi.

É hora de engolir as provocações adversárias, respirar fundo e esperar pelo Emelec-EQU, e aí sim dar a resposta em campo e mostrar que a eliminação no Paulista foi mais uma das peças que o futebol prega por aí.

Abs.
Felippe Palermo.

Sonho ou Pesadelo

E em um lado da chave, deu a lógica. É, aquela mesma lógica que não costuma aparecer muito nos grandes jogos de futebol, apareceu em Santos, e o peixe eliminou o Mogi.

Jogo tranquilo, com o Santos jogando o suficiente pra fazer 2 a 0 e se classificar.
Mais uma vez Neymar foi um show a parte. Deu dribles, sofreu faltas, fez boas jogadas, provocou os adversários, mandou até beijinho para Edson Ratinho e claro, 2 a 0? 1 gol e 1 assistência.

Falar em sorte/competência de Muricy, em Neymar resolvendo sozinho e bla bla bla não adianta, é isso mesmo e é assim que vai ser. Não sempre, por que as vezes Ganso e Borges vão estar voando, Juan vai aparecer bem, Arouca vai jogar acima da média e Ibson vai fazer gol, aí será o "super Santos", se jogar igual ontem, será apenas o time de Neymar.

Mas lembra da lógica desse lado da chave que envolvia São Paulo, Bragantino, Santos e Mogi? Então, o tricolor fez sua parte sábado, o peixe fez sua parte domingo; e assim, teremos uma "final" antecipada domingo, no Morumbi.

Pergunte para qualquer torcedor tricolor se gostariam de enfrentar os Meninos da Vila pela terceira semifinal de paulistão seguida. Os mais fanáticos, achando que têm o melhor time do Mundo, dirão que sim, os mais sensatos dirão que não gostariam. Pois essa relação sonho x pesadelo é interessante e eu entendo os dois lados, mais o lado de quem não gostaria de ver aqueles meninos de camisa listrada voando no Morumbi, admito.

Mas chegou a hora, chegou a grande hora desse tricolor versão 2012 mostrar sua força.
E mesmo sem Luis Fabiano, há chances claras do tricolor eliminar o peixe, principalmente se houver um baita público no Morumbi; daqueles dignos de uma final de campeonato sabem? Como era o Paulistão antigamente.

A relação sonho x pesadelo para os santistas é quase inexistente, talvez por ter um jogo importante de Libertadores no meio de semana, alguns preferissem não enfrentar esse São Paulo tão em alta, mas esse time do Santos já provou pra quem quisesse ver o tamanho de sua força.
Se ganhar, será a terceira classificação seguida em cima dos tricolores, se perderem será a eliminação para o São Paulo mais forte desde 2009. E vai doer, por mais que os santistas jurem que não.

Sonho, pesadelo... E pra você, vale a pena querer sonhar, podendo encontrar -mais- um pesadelo?

Abs.
Felippe Palermo.

domingo, 22 de abril de 2012

Em busca do topo

As quartas de finais do Paulistão começou ontem com São Paulo x Bragantino.
E a lição de casa foi feita com excelência pelo tricolor. 4 a 1, sem chances para a equipe de Bragança.

O SPFC continua num processo muito interessante de crescimento e sua produção melhora a cada jogo. O time deu liga e Leão tem um baita plantel em mãos.
O São Paulo de hoje é um São Paulo ofensivo e muito mais confiável que o de 2010/2011, joga mais futebol e preocupa-se menos com o posto de soberano, e é aí que mora o segredo do sucesso tricolor.

Psicologicamente tranquilo, sem alguns jogadores que mais atrapalhavam do que ajudavam, com um treinador que entendeu o tamanho da oportunidade que teria dirigindo esse clube, o tricolor amadureceu e chega firme nas semi finais, para provavelmente enfrentar o Santos e finalmente passar por sua primeira grande prova do ano.

Eu sempre comento que Leão garantiu um São Paulo 'pronto' no meio de abril, e os números comprovam que o treinador estava certo. O time evoluiu demais de fevereiro até aqui e, de fato,  é um dos favoritos, principalmente na Copa do Brasil.
Essa primeira prova diante do Santos será daquelas provas dificílimas, que você tem que estudar muito e estar extremamente concentrado na hora do exame. 

E sem Luis Fabiano, suspenso pelo 3o cartão amarelo, o tricolor perde 60% de seu poder ofensivo. Um baita erro de planejamento da diretoria, diga-se. Não dá para admitir que um titular chegue numa quarta de final, com o time classificado há tempos, pendurado com 2 cartões. Pelo amor de Deus, né!
Há jogadores que são assim, só pela presença em campo, já intimidam o adversário e foi isso que aconteceu no SanSão que o tricolor venceu por 3 a 2, na 1a fase.

É claro que o Santos precisa passar do Mogi hoje na Vila, eu sei. Mas vai passar e o são paulino deve saber que as chances de irem à final aumentam bastante se lotarem o Morumbi na próxima semana. É na força do torcedor, na eficiência na marcação nos ótimos jogadores santistas e em Lucas que o tricolor deve acreditar para vencer a melhor equipe do Brasil.

E é desse jeito, com a força de um grupo vencedor, sem Luis Fabiano e com o Morumbi lotado que o São Paulo vai em busca do topo.

Abs.
Felippe Palermo.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Agora vai, Corinthians!

Ah, o Corinthians de Tite hein?!
Estou para ver time mais frio, equilibrado e obediente taticamente. Sem contar com o bom banco e a qualidade do time titular.
Será que agora vai?

Alguns torneios mexem tanto com o psicológico de alguns clubes, que fica difícil fazer qualquer projeção com 100% de certeza.
Vejam o Botafogo com a Copa do Brasil, não sei o que acontece, mas o time não flui, talvez nem haja explicação, mas não rola. Tudo bem, passou de fase ontem, mas é sempre desse jeito, no sufoco, no 0 a 0, enfim, já já vão cair.
E a mesma coisa acontece no Parque São Jorge. Só que com a Libertadores.

O problema do corinthiano com a Libertadores é tão grande, que poucos acreditam no que eu consigo enxergar.
Nunca é: "o Corinthians está preparado para chegar às finais", é sempre: "ah, mas o Corinthians não têm tradição na Libertadores", "ah, mas o Santos, o Boca, o Inter...", chega né?!

O Corinthians é um time grande, que conforme as 'exigências' dos torcedores dos outros times, vêm se adequando aos termos para 'ser considerado grande', que é ter um estádio e ganhar a Libertadores. Isso, claro, no papel do torcedor, como uma brincadeira, que pode ser levada a sério se realmente pensarmos que está tudo muito perto.
O Fielzão ficará pronto em breve e a Libertadores já não é um sonho tão distante, aliás, nenhum Corinthians foi como esse, até hoje. Tão inteiro, tão firme e forte na competição sul americana.
Nem mesmo o forte elenco de Ronaldo e Roberto Carlos pode ser comparado a esse, pois nem tiveram tempo de mostrar como seria aquele time na Libertadores.

O fato de ter feito 6 a 0 no Táchira não quer dizer muita coisa, futebolísticamente falando, claro, mas a moral e a sensação que o torcedor fica, são os fatores que mais importam.
Todos sabemos da capacidade do grupo corinthiano, resta saber se todas essas virtudes de um elenco tão frio e focado, serão suficientes para enfrentar um mata-mata de Libertadores.

Hoje, vejo dois alvinegros fortes, um com a moral de ser o atual campeão das Américas, com um treinador supervencedor, um elenco qualificado e um fenômeno no ataque; o outro é o mais frio, o mais pragmático e de longe o mais equilibrado da competição. E dessa vez, sem nenhum tipo de síndrome, pelo menos ao que parece.

A partir da semana que vem, a Libertadores começa de verdade e aí saberemos se esse Corinthians é tão forte quanto parece e se está tão pronto para chegar junto quanto demonstra.

A lógica mostra um caminho, o futebol mostra outro. Até lá, corinthiano, curta o gostinho de ser um dos favoritos, sem nenhum tipo de censura ou lógica.

Abs.
Felippe Palermo.


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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Começou o Paulistão

E a interminável 1ª fase do Paulistão chegou ao fim nesse final de semana.
Acompanhei os jogos dos 4 grandes com atenção e cheguei a algumas conclusões. Conclusões quem podem ser mudadas a partir da semana que vem, onde o campeonato começa de verdade.

O Palmeiras começou de um jeito diferente, maduro, citei várias vezes que o time tinha dado liga, mas esse finalzinho de primeira fase deixou muito a desejar. E o pior, trouxe à tona toda a desconfiança que o torcedor palmeirense e a mídia têm nesse time, e com razão, diga-se.
De um time equilibrado e menos dependente das bolas paradas de M.Assunção, o Palmeiras passou a ser uma equipe afobada e sem padrão.
Barcos não vêm fazendo tantos gols quanto no começo e isso pesa. É, todo e qualquer jogador que faz uma sequência um pouco 'diferente' no Palmeiras, tem um peso 'diferente' do que teria em outros times. É a tal da falta de um jogador com a cara do clube.
Felipão faz o que pode e é esse verdão que vai pegar a maior pedreira dessas quartas de final, o Guarani em Campinas.

Vejo um Santos, de novo, favorito. O porque vocês já sabem. É, são eles, sempre eles. Os Meninos da Vila chegaram outra vez.
Acho que os números e o futebol jogado pelo alvinegro falam por mim, né?!
O Santos fez o papel inverso do Palmeiras. Preocupou-se com a Libertadores, conseguiu a classificação lá e agora joga leve aqui.
Joga o futebol mais agradável junto com o São Paulo, porém com a diferença de ter um time mais confiável que o tricolor.
Neymar e Ganso vivem ótima fase e o fator casa ajuda muito.
Passa fácil do Mogi.

O tricolor deu mole. Não podia ter perdido em Lins.
O fato de ter perdido não quer dizer nada pela derrota em si. Ontem o SPFC jogou mal, mas isso acontece. A equipe não perdia há 2 meses e o trabalho está muito bom até aqui. Mas aí que mora o perigo... até aqui.
É agora que o SPFC vai mostrar pro Brasil se é aquele São Paulo de anos atrás. Que chega forte, põe medo nos adversários e ganha.
O elenco de hoje é confiável e talentoso, tem brio, os jogadores gostam de vencer, mas isso tudo é teórico. A prática é o que vale, afinal.
Não deve encontrar dificuldades para bater o Bragantino no Morumbi. Espero.

E o Corinthians irrita pelo equilíbrio.
Perceberam como é um time chato e certinho?
O São Paulo goleava, deitava e rolava, ganhava e convencia. O Corinthians fazia 1 a 0 e também ganhava.
Aí o São Paulo ganhava de novo, dormia na ponta e parecia conseguir distanciar-se. O Corinthians jogava no dia seguinte, criava 30 chances, fazia 2 a 1 e lá estava, colado no tricolor.
Até que o São Paulo foi para Lins e o Corinthians para Campinas. O tricolor perdeu e o timão ganhou.
Fim de 1ª fase, Corinthians líder.
É extremamente obediente e bem treinado. Além de ter muita qualidade.
Chega -muito- forte nas finais e ganha, de novo, da Ponte semana que vem no Pacaembu.

E agora sim, começa o Campeonato Paulista.
Sabe aquele campeonato que não vale 1 real pros outros quando você ganha? Mas se você perde, entra em crise.
E nessa hipocrisia toda, quem será o campeão?

Abs.
Felippe Palermo.


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sábado, 14 de abril de 2012

De um passado e um presente só de glória

Nação Santista, hoje é o grande dia!
É, não é fácil chegar aos 100 anos... Chegar desse tamanho, fora de um grande centro então, mais difícil ainda.

Acho que minhas palavras se perderão ao vento se tentar contar minuciosamente os maiores detalhes de uma das mais lindas histórias do esporte.
Sim, o berço do Rei do Futebol não se resume somente ao futebol. São tantas histórias marcantes e inesquecíveis que o mundo esportivo se orgulha em ter esse clube como seu patrimônio.
Aos que pensam que raios não caem duas ou três vezes no mesmo lugar, eu vos digo: O reinado agora tem um príncipe, que seguindo o caminho do maior de todos, assusta aos mais experientes com números, jogadas e títulos.

Quiseram os deuses do futebol que a história do centenário clube de Santos fosse escrita em 4 partes até aqui.
O início com o primeiro título paulista em 1935 e o ataque dos 100 gols com Araken Patuska, demonstrava desde então que o alvinegro seria uma máquina de gols.
Seguida pela era Pelé, onde o nome do clube foi levado ao mundo e a história começou a ser escrita para ficar marcada para sempre com títulos e jogos memoráveis.

A terceira parte foi, talvez a mais difícil, pois a seca de títulos foi grande de 84, quando o Paulistão ainda era um supercampeonato até o título Brasileiro de 2002, quando o mundo conhecera Diego e Robinho. E nesses anos, sem títulos, sem marcas expressivas, nem tampouco grandes times, o Santos manteve-se gigante, usando ou não o nome de Pelé para manter-se lá em cima, pouco importa, eles podem se usar a vontade, até porque depois de 2002, há exatamente 10 anos, o peixe não parou de crescer e ganhar títulos, chegando ao ponto alto das Américas em junho do ano passado. 
E essa é a quarta parte do centenário. É Neymar, é Ganso, é Libertadores, é a tendência em ser santista, é o carisma dos meninos da vila, é a história sendo escrita, de novo, pelo súdito do Rei.

Santos Futebol Clube de grandes nomes, de grandes jogadores... jogadores que em qualquer outro clube seriam tratados como reis de tão bons que são, mas Deus caprichou na história do alvinegro.
Não só houve um rei, como os que poderiam ser reis, são tratados como iguais na saudosa Vila Belmiro.

Gilmar, Manga, Rodolfo Rodriguez, Carlos Alberto Torres, Léo, Alex, Dalmo, Calvet, Mauro Ramos, Lima, Narciso, Edu Dracena, Ramos Delgado, Lima, Rildo, Aílton Lira, Clodoaldo, Diego, ELano, Formiga, Robert, Giovanni, Pita, Ganso, Zito, Araken Patuska, Abel, Ary Patuska, Guga, Juary, Toninho Guerreiro, Serginho Chulapa, Robinho, Neymar, Pagão, Edu, Coutinho, Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe.
E aí? Tá ruim de história né?!

São 100 anos de muito amor, de jogos históricos e títulos que fazem qualquer pequeno torcedor santista ficar parado na frente da tv assistindo ao melhor ataque do mundo.
Um século sendo protagonista, um século em que eu, com 22 anos, respeito mais que qualquer outro time brasileiro, porque só eles sabem da dificuldade em manter-se do tamanho que são, não sendo de uma capital.

Hoje, falar de Santos é lembrar de Pelé e esperar o próximo jogo para ver Neymar. E isso é mais do que natural, afinal Reis são respeitados em qualquer lugar do Mundo e os príncipes consequentemente também são. Só que o peixe é mais que isso. 
É o clube dos 19 campeonatos paulista e da Copa do Brasil 2010. De 2 ou de 8 Brasileiros?  Pouco importa, não muda 1% do que é para o futebol mundial, não tira o brilho do Tricampeonato da Libertadores, nem tampouco do Bi Mundial.

É o clube da mais verdadeira letra de hino. Que resume em palavras sábias o que eu provavelmente não consegui.
Mas não me atrevo a querer fazer um texto a altura do que são esses 100 anos dessa equipe mágica. Um dia falaram em "DNA ofensivo", em "maior espetáculo da Terra", em "maior time de todos os tempos" e quem condena?
Os melhores enredos dos melhores filmes são os que mais causam polêmica e inveja nos demais.
Essa equipe chega ao seu centenário sendo apaixonada pelo protagonismo e isso a faz crescer a cada campeonato que disputa e vence e isso é a história sendo escrita.

Agradeçam por poderem ver mais 100 anos de futebol jogado pelo Santos Futebol Clube.
É um privilégio não ser santista e arrepiar-se com seus jogos e conquistas...

Até porque nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter.

Abs.
Felippe Palermo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os cariocas em: A lógica do jogo

Flamengo, Vasco e Fluminense já têm seus futuros definidos na Libertadores.
A cariocada me fez perceber algo muito interessante e eu vou dividir com vocês.

Eu defendo que a lógica do futebol é não ter lógica, porém, acredito em tempo para trabalhar, acredito em planejamento e que em 97% das vezes o grande têm o dever de bater no pequeno e passei a acreditar há poucos anos que a bola pune. E pune mesmo.
Logo, se você projeta uma grande campanha numa Libertadores, planeje-se e organize-se para isso.

E sabe qual foi 'o algo interessante' que os cariocas me fizeram refletir? Que em médio e longo prazo, o futebol tem lógica.
Sim, tem lógica e a explicação é simples.

"A lógica trata das maneiras de encadear nosso raciocínio para justificar nossas conclusões a partir de fatos básicos, ou seja, trata das formas de argumentação. Ela se preocupa com o que se pode ou não concluir a partir de certas premissas, ou seja, de certas informações iniciais."

Flamengo, poucos investimentos pontuais, algumas perdas importantes e duas enormes contratações. Ronaldinho é talentoso, mas não foi o diferencial rubro-negro, e era pra ser; Vagner Love sim, vale cada centavo, mas sozinho...
Na competição foram 6 jogos com 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, nos três primeiros jogos somou 5 pontos, sendo um empate com o Olímpia no Engenhão depois de estar vencendo por 3 a 0.
Jogou dois jogos seguidos fora de casa e perdeu, ambos por 3 a 2 para Olímpia e Emelec.
Por fim precisava de uma combinação de resultados para classificar-se. Não classificou.
Mas e o merecimento? Não havia. E olha que o grupo era horroroso.
Peguem qualquer blog ou coluna de cronistas esportivos e vocês verão que a grande maioria têm a mesma opinião. E a minha é a mesma: "E foi bom não ter passado, pois uma classificação esconde tudo que há de ruim num clube. E o Flamengo esteve a 1 gol de ser o time que teve a classificação mais heróica da Libertadores, para continuar sendo o time que não se preparou para a disputa da competição continental."

O Vasco somou 13 pontos e acabou a 1ª fase na 2ª colocação, atrás do bom Libertad-PAR, aliás o Libertad sempre chega né?! Desde 2006 os caras fazem grandes campanhas. Tudo bem que nunca ganham, mas estão sempre ali nas semifinais. Chatinhos!
Bom, o Vasco não fez nenhuma loucura, mas planejou-se de uma maneira sóbria e inteligente. Confiou no cara que 'não se deve confiar' e ele não se omitiu nenhuma vez, pelo contrário, jogou demais. Diego Souza carrega consigo o fardo de ser um craque, mas sempre com aquele olhar de desconfiança dos torcedores. Tem tudo para consagrar-se e ajudar o Vasco nas próximas fases. É junto com Prass, Dedé e Juninho o termômetro da equipe.
A equipe cruz-maltina dificilmente perde em São Januário, apesar da única derrota nessa fase ter sido lá, mas era estréia e isso já passou.
E além de jogar bem em seus domínios o Vasco demonstrou uma maturidade muito grande nos jogos fora de casa. São 2 vitórias e 1 empate e na Libertadores, todos sabemos, é importantíssimo saber jogar fora de casa. Faz toda a diferença, inclusive.
Se pegarmos no passado recente Santos, Inter e SPFC fizeram ótimas campanhas fazendo grandes jogos como visitantes e o final da história todo mundo sabe...

Já o Flu não, se planejou, quis montar uma baita equipe e não poupou esforços (nem grana) para ter o elenco que têm.
Abel Braga, Fred, Deco, Thiago Neves, Rafael Sóbis, Diguinho, Wagner, Wellington Nem, Rafael Moura, enfim... grandes nomes num elenco forte e extremamente técnico.
Já foi campeão do 1º turno do Campeonato Carioca, já se classificou e estava com 100% de aproveitamento até ter a brilhante idéia de ter 'preguiça' de jogar contra um tal de Boca Jrs. no Engenhão. Ou seja, não só ressucitou um time tradicionalíssimo como o Boca, como fez o favor de jogar mal dentro de casa. Ruim para o tricolor.
Não me parece inteligente fazer um time com uma camisa tão pesada gostar de novo de jogar contra brasileiros aqui no Brasil.
O Fluminense ainda têm grandes chances de ser o melhor time da competição na 1ª fase, mas precisa jogar bola para vencer o Arsenal-ARG na semana que vem em Sarandí.
Já faz um tempinho que o Flu não está 'nem aí pra nada'. Eu prefiro acreditar que é pelo fato de já estarem na final do Carioca e por se classificarem cedo para a próxima fase da Libertadores. Estão perdendo enquanto podem, e eu torcendo para que saibam que já não podem mais perder por omissão e preguiça, afinal o que esse elenco é rodado, experiente e vencedor não está escrito.

Lembram?
'Ela se preocupa com o que se pode ou não concluir a partir de certas premissas, ou seja, de certas informações iniciais...'
Resumindo, Flamengo bagunçado, está  fora;
Vasco com um time certinho está dentro, mas em 2º lugar;
Fluminense com um baita investimento, faz jus ao elenco que têm e está na briga pela 1ª posição com o Boca Jrs.

E fez-se a lógica.

Abs.
Felippe Palermo.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

E crescendo...

E o São Paulo venceu e segue melhorando a cada jogo.
A equipe do Bahia de Feira é bem montadinha. Tem bons jogadores e um sistema de marcação bem definido, saindo com velocidade nos contra ataques. O enredo era esse e tinha tudo pra dar certo, não fosse o São Paulo do outro lado.

É claro que não existe comparações entre as estruturas de cada time, menos ainda se falarmos da qualidade técnica dos dois, mas o interessante é que o Bahia foi uma equipe digna o jogo todo.
Bater no Lucas, amigos, todos batem. Assim como batem no Neymar, no Kleber, enfim, é do jogo, mas o Bahia tentou jogar, é disso que estou falando.
Quando empatou o jogo em 1 a 1, estava crescendo e aumentando o volume no meio campo e esboçando uma pressão no tricolor paulista. Eis que um penalti mal marcado em Luis Fabiano, culminou com a expulsão do goleiro e o gol de Luis Fabiano. Ali, o SPFC não perderia mais.

É claro que devemos ponderar e ninguém pode se iludir com um 5 a 2 numa 2ª fase de Copa do Brasil, mas esse São Paulo talvez seja o melhor dos últimos 4 anos, se é o mais competitivo, veremos na próxima fase do Paulistão e da Copa do Brasil, mas de fato Leão tem em mãos um time que se encaixou e com um baita elenco.

Acho importante e segura a maneira com a qual Leão vem trabalhando. Tanto na metodologia de trabalho, quanto na preocupação em mostrar pros jogadores que eles fazem parte de um elenco altamente qualificado e que as chances de ganhar tudo o que disputarem, esse ano, é enorme.
Alguns condenam o treinador tricolor pelos famosos treinos de finalização e aperfeiçoamento técnico, mas por que? Na semana em que fez esse treino específico, o São Paulo jogou muito mais solto contra o Bahia, ano passado em Pituaçu.
E agora, com tempo para trabalhar os resultados e o crescimento são nítidos.
11 vitórias seguidas é uma marca sensacional, a torcida fica eufórica, a equipe motivada, mas Leão mostra-se sóbrio e sabedor daquilo que está fazendo, o que nesse caso resume o momento 'pé no chão' do tricolor.

Eu venho escrevendo repetidas vezes aqui que Leão disse em fevereiro que todos nós poderíamos cobrar e exigir o São Paulo no nível máximo em meados de abril. E nós chegamos!
E o tricolor encontra-se em processo total de evolução.
Parece que leão acertou em sua projeção.

Eu estou confiante nesse São Paulo versão 2012, muito mais ofensivo e dinâmico. Muito mais bacana mesmo. Toma 3 e faz 5, nem aí. Vai pra cima, não se intimida como os times dos anos passado e retrasado.

Que o tricolor mantenha-se nesse crescimento e que tenha maturidade o suficiente para lidar com esse número histórico das vitórias consecutivas. Afinal, é só um número. Não esqueçam, o importante é o jogo.

Abs
Felippe Palermo.


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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Visão Geral - Paulistão

Eu havia dito aqui nesse espaço que se tudo corresse 'dentro da normalidade', nas últimas três rodadas, veríamos nove boas vitórias dos 4 grandes de SP.
E adivinhem? Quem foi o primeiro a fazer o favor de queimar a língua do bonitão aqui!?
O Palmeiras, claro. Mas não era pra ser assim. E foi. Aliás, vem sendo né..

O Palmeiras tem um grande problema que parece grudar no time em determinadas fases dos campeonatos e não querer sair mais. E esse problema, é psicológico.
Felipão tem o grupo nas mãos, eliminou o jogo de volta na Copa do brasil contra o fraco Horizonte-CE, mas qualquer desvio de padrão dentro de um jogo contra um adversário um pouquinho mais capacitado, pronto... já se torna um motivo enorme pro Palmeiras ter medo dele mesmo e não conseguir ganhar dos adversários.
Esse é um problema semelhante ao do Botafogo. O medo do título e a falta de crença em 'algo maior', de fato, tira a vontade e atrapalha o psicológico de times vencedores.

O Palmeiras não vive seu pior momento, longe disso. Já está na próxima fase da Copa do Brasil, ontem perdeu para o Guarani em Campinas e vai disputar o 3º lugar contra o próprio Guarani e o Santos na próxima rodada. Aparentemente tudo ok para um clube bem resolvido emocionalmente, mas o verdão não é, ou não está, enfim, o fato é que hoje, não dá pra confiar no Palmeiras. E eu faço meus sinceros votos para que tudo se acerte logo e que nas semifinais, o Palmeiras se engrandeça e volte a ser o gigante que está adormecido.

O Santos também perdeu ontem, mas para o São Caetano. 2 a 1 de virada. Estranho para quem viu o 1º tempo, nem tão estranho para quem acompanhou o jogo todo.
Quando eu digo 'correr dentro da normalidade', é óbvio que falo respeitando as características e o momento que cada time está e o Santos de ontem, titular, perdeu porque o São Caetano jogou melhor e venceu, pois o Santos também foi pra cima e perdeu oportunidades, teve até um gol mal anulado.

É bom que entendam que há dois tipos de derrotas. A que seu time joga bem, mas o outro vence e a que seu time não joga nada e perde. Entendem?
Não foi o Santos que perdeu, foi o São Caetano que ganhou.
Para vocês conseguirem compreender o que quero dizer, raciocinem comigo: o Palmeiras ganhou 4ª e perdeu domingo; o Santos empatou 4ª e perdeu domingo. E pelo histórico recente, há motivos para não confiar no Santos? Não. E no Palmeiras? Há.
Entendem como futebol é dinâmico?
E o pior, se o Palmeiras por acaso enfrenta o Santos nas quartas de final do Paulistão, pode ganhar em um jogo. Afinal, já ganhou algumas vezes nos últimos anos.
Viva essa imprevisibilidade do futebol!

Já os líderes se mantém firmes e fortes. O alvinegro engana e ganha de todo mundo de 1 a 0 ou 2 a 1, mas ganha. E engana porque cria bastante, principalmente contra os pequenos do interior. Mas não faz tudo que cria, logo, tem só 26 gols pró. Mas tem 43 pontos, só que é 'perigoso' criar e não fazer. Acreditem, é mais perigoso ser o que faz muito e toma muito, o Corinthians paciente e concentrado, tomou apenas 10 gols em 18 jogos, uma baita média.
E chega forte para as finais. Pega a Ponte na semana que vem e disputa a liderança com o São Paulo.

O tricolor vive uma fase que todo torcedor lembra com um pouco de nostalgia. Há 4, 5 anos atrás, o torcedor são paulino tinha uma certeza toda 2ª feira, que o São Paulo havia ganhado de alguém no fds, e isso vêm acontecendo há várias rodadas. São 13 jogos sem perder e a cada rodada com vitória, a responsabilidade desse título invisível aumenta.
Leão faz um trabalho sóbrio e consistente, o tricolor desse ano joga leve, é rápido, têm variação de jogadas. Lembra o Santos do ano passado.
Lucas cresce a cada jogo, assim como Casemiro e é assim que o tricolor enfrentará o Bahia de Feira-BA, pela Copa do Brasil, em plena ascensão.

Na próxima semana, chegaremos ao fim (!) da 1ª fase do querido Paulistão.
Todos os jogos serão domingo as 16h.
O Palmeiras e o Santos pegam os já rebaixados Comercial e Catanduvense, ambos em casa.
O São Paulo pega o Linense, que briga por uma vaga no Troféu do Interior e o Corinthians joga com a Ponte Preta, ambos fora de casa.

Agora, me expliquem. Por qual motivo a FPF mantem essa fórmula no Paulistão?
Não veem que até o Campeonato Goiano é mais emocionante com dois turnos?!
Ah não, admitir que errou dói. Pensar nos outros dói mais. Dar o braço a torcer e concordar que a outra Federação tem um formato mais inteligente e comercial, quase mata...

Abs.
Felippe Palermo.


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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quem é quem

Ah, era o jogo mais importante do ano, aqui no Brasil.
Classificado por muitos como uma decisão antecipada.
Eram os dois últimos campeões da América duelando no Beira-Rio.
Era o Inter sem Oscar e D'Alessandro. Era o Santos de Muricy e Neymar.
Era, até os 20 do 2º tempo dia de Nei, não de Ney, mas de Nei, o lateral colorado.
Era...

Se a Libertadores tem uma 'cara', ontem ela estava a caráter. Jogo grande, dois times tradicionais, estádio cheio, pressão, enfim, tudo que um jogo dessa magnitude merece.
Quando a bola rolou, vimos mais do mesmo. Neymar criando tudo sozinho, o Internacional batendo na jóia santista e acreditem, saindo no contra ataque. Mas há uma explicação para tal. Nei, de falta, abriu o placar logo aos 8 minutos de jogo, e o Inter se fechou.

O fato de ter se fechado não quer dizer muita coisa, talvez nem tenha uma ligação direta com o que vou dizer aqui, talvez tenha. O fato é que esse é o pior Inter desde 2004. E sabe o que o Santos tem a ver com isso? Tudo.
Por que são nesses jogos que vemos quem é quem. E esse Inter, nem de longe parece o super colorado de 2006, nem tampouco o ótimo grupo de 2010.
The Strongest, Juan Aurich, Zamora, Dep. Táchira servem para dar moral ao grupo e ao torcedor, só. A gente mede a capacidade de uma equipe em jogos como esses, enfrentar Santos, Corinthians, Fluminense, Boca... aí sim é parâmetro. E baseado nisso, esse Inter não vai longe.

Ou melhor, talvez até vá, porque futebol é assim, prega as mais absurdas peças na gente. Mas se der um pouquinho de lógica, essa equipe cai ao pegar o primeiro adversário do nível do Santos, por exemplo. E não me vem com esse papo de camisa e tradição. Isso existe até o primeiro gol do outro time, logo, se não houver uma mudança de postura dos próprios atletas, ficará muito difícil fazer qualquer tipo de projeção positiva para os colorados.

Já o Santos não tem nada a ver com os problemas dos gaúchos, pelo contrário, mostrou tanto na Vila, quanto no Beira-Rio que é mais time. Inclusive lá em Porto Alegre, teve incríveis 68% de posse de bola. Acho que a derrota para o Barcelona serviu pelo menos para trazer um pouquinho da filosofia implantada pelos catalães, eu disse filosofia, não futebol. Não confundam.

No meio do jogo de ontem, me veio à tona a Libertadores do ano passado, porque Neymar estava extremamente sobrecarregado com o estilo de jogo de ontem. 'Por que?', perguntará o torcedor santista com cara de 'saco cheio', e eu com toda paciência, explicarei.
Isso acontece muito quando Ganso não está bem na partida. Convenhamos, Arouca, Henrique, Ibson e Borges não são jogadores que definem um jogo sozinhos. Ganso define. Neymar, nem se fala.
Então, entende-se que a equipe do Santos não é a melhor individualmente, mas coletivamente é equilibrada, muito bem treinada e conta com um cara que está sempre bem. Mesmo quando está mal, ele ainda está num nível acima dos demais.

Então, entendam. Não disse que o Santos tem um time ruim. Tem um bom time, mas seus jogadores não seguram a bronca que Neymar segura 'sozinho'. E uma hora isso pode dar errado, ou não. O fato é que o Santos segue, e tem que seguir. 
Claro, não se faz projeções negativas, ainda mais no caso do peixe que é favorito, mas vale ressaltar que a sobrecarga em Neymar é cada vez maior e mais visível. Pode ser que dê errado, pode ser que não.
É bem capaz que continue dando certo por anos e mais anos, e no final das contas, a sorte é toda sua, torcedor santista.

Abs.
Felippe Palermo.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Imbatíveis

Não é sempre que vemos jogos brilhantes do Barcelona. Mas o que é ser brilhante quando se é o Barcelona?
É difícil vermos esse time que faz história a cada campeonato sair do seu padrão. Se o Santos abusa da individualidade, o Barça abusa mais; se o Corinthians é o time mais equilibrado e paciente do país, o Barça é 3x mais; se o SPFC é o rei da estrutura em categorias de base, o Barça tinha só 8 jogadores oriundos da base em campo hoje.

Enfim, eu agradeço não ser blogueiro na Espanha, porque deve ser um saco você ter que achar alguma coisa pra escrever sobre o Barcelona. Tudo eles fazem bem, não caem na pressão, não se desesperam e mesmo quando encontram um rival super tradicional como é o Milan, eles mantém o jeito Barcelona de jogar e não param de rodar a bola.

Hoje, o Milan tentou fazer o que todos os grandes clubes fazem; marcar atrás da linha da bola e sair com rapidez no contra ataque, até porque, que eu me lembre, apenas o Real Madrid consegue ficar mais de 40 segundos com a bola no pé contra o Barcelona hoje em dia.

Torcer pro Milan hoje, foi como torcer pro Santos em dezembro. Antes do jogo havia esperança e confiança nos bons jogadores, mas quando a bola rolou, vimos a enorme diferença técnica e tática do Barcelona para os dois adversários.

Enfim, voltando à tática dos italianos, deu quase certo. Não fosse o penalti mal marcado pelo péssimo árbitro holandês Björn Kuipers que conduziu a partida. E ali Messi fez 1 a 0.
A equipe rubro-negra partiu pra cima do Barça e quando alguém saiu da previsibildade, o Milan chegou ao empate.

Por que 'deixou de ser previsível'? Vamos lá, do mesmo jeito que nós, mortais, achamos o jogo do Barça um absurdo de tão bom e não conseguimos entender como boa parte das jogadas fluem, mesmo sendo colocado à prova a cada dois meses, o Barcelona também acha previsível o jeito que as equipes o enfrentam.
E quando um jogador inteligente, entende que também dá pra driblar, além de tocar, o Barcelona sente o golpe, pois sua defesa, todos sabem, não é nem um terço do que é seu ataque.
Robinho mostrou isso ao Mundo; fez a jogada individual e tocou para Ibrahimovic, que com um belo passe, deixou Nocerino na cara do gol. 'Simples', né?

É claro que é complicadíssimo fazer jogadas individuais, aliadas à tabelas rápidas, mas é muito mais complicado aguentar o jogo dos espanhóis, eu garanto.

E foi assim que o Milan caiu hoje. Além de contar com um juiz péssimo, que sem intenção nenhuma em favorecer o Barça, prejudicou o Milan, os italianos também ficaram impacientes no 2o tempo.
Eu percebo que os jogadores se cansam de correr atrás do Barcelona. E o pior é que quando sai um ótimo, entra outro muito bom, ou seja, é difícil cair o nível de troca de passes deles.
O Milan não tem culpa de não ter paciência, afinal, ninguém tem. O que chega mais perto do 'ideal' é sempre o Real Madrid, mas também não ganha, ou seja, ainda falta um pouco.

E é assim que o Barcelona caminha rumo à mais uma final de Champions League.
Hoje, Messi foi 'comum', fez 2 de penalti gols numa quartas de final contra o Milan, mas acreditem, não foi o Messi que nos acostumamos a ver.

Reclamem do que quiserem, falem que a, b ou c é ruim, que Messi não é melhor que Pelé, que Guardiola tem o melhor trabalho do mundo, que Victor Valdes é ruim e que o Real Madrid é maior... enquanto isso, eles vão colecionando títulos e fazendo história.

Afinal, o que fazer para eliminar o Barcelona de um campeonato?

Abs.
Felippe Palermo.


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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Firme e forte

Ser o líder da competição, entrar em campo depois de todos os grandes e sabendo que precisa confirmar a vitória para manter-se em 1o lugar
Esse era o domingo tricolor em Itu. Tranquilo né!?

E se eu aproveitar o dia 1o de abril pra contar umas coisinhas pra vocês?

-Com meia hora de jogo, o Ituano já vencia por 2 a 0 e a torcida entoava o coro de "Olé", no Estádio Novelli Junior lotado.
-Nenhum jogador do São Paulo conseguia lograr êxito em uma jogadinha sequer.
-Nada que Lucas, Fernandinho e Willian José tentavam fazer, tabelando ou em jogadas individuais dava certo.
-Leão entrou com Piris no lugar de Rodrigo Caio.
-E não contente em deixar Piris em campo, o treinador tricolor ainda entrou com 3 volantes e 3 atacantes, deixando a criação para 'quem quisesse'
-Cortez sentiu a posterior da coxa horas antes do jogo e foi vetado.

Não, não é brincadeira de 1o de abril.; esse foi o primeiro tempo do São Paulo FC. Aliás, o pior do ano até aqui.
Eu, assistindo o jogo e vendo a configuração em que a partida estava, não duvidei da vitória, apenas pensei que se vencesse seria uma daquelas vitórias que eu chamo de falso épico. Pois é uma partida contra um adversário pior, que fez dois gols estranhos e o tricolor não conseguia agredir. Denilson, Fabricio e Cicero são volantes e Lucas, Fernandinho e W.José são atacantes, logo, Leão deu um tiro no pé ao sacar Jadson e colocar Fernandinho. Entendam, sacar o Jadson foi a melhor jogada de Leão no jogo, pois ele obriga o camisa 10 a entrar em campo querendo um algo mais e não naquele comodismo absurdo dos últimos 4 jogos. O que contesto foi a forma com a qual entrou em campo, com essa lacuna entre meio campo e ataque, tendo em vista que todos sabemos que Lucas rende 40% como meia e 1000% aberto pela direita.

E o próprio camisa 7 foi o destaque da partida, isso porque em apenas 45 minutos fez valer cada centavo do ingresso dos 10 mil torcedores que foram à Itu.
O seu crescimento é absurdo; tanto físico, quanto técnico e tático. Lucas é inteligente, tem vigor físico e uma característica que chama a atenção é a finalização de média e longa distância. E apanha, viu? Meu Deus, como batem no moleque. E quanto mais toma porrada, mais vai pra cima dos marcadores.
Precisamos de mais jogadores com essa característica e com menos mimimi.
Mas eu sei que vai ter gente falando que 'ele nunca ganhou nada' e 'que some contra o Corinthians'. Isso não existe, a profissão do cara é entrar em campo e fazer o que ele fez contra o Santos, contra o Ituano, Mirassol, Ponte... se fosse assim, eu só escreveria nos clássicos, nos bons jogos da Libertadores, em um jogo ou outro da Champions League e nas rodadas decisivas dos campeonatos... E isso não é ser profissional.

No segundo tempo, o SPFC voltou mordido. Voltou marcando em cima, sufocando a saída de bola do Ituano e em 11 minutos virou o jogo. Aos 10 e aos 14 Rhodolfo fez duas vezes de cabeça com duas assistências de Jadson e aos 31 Lucas fez a pintura da rodada. Uma finalização maravilhosa, depois de uma sequência de dribles lindos, enfim, um espetáculo. Willian José ainda fez o quarto gol em uma bonita finalização de fora da área.

O São Paulo é o líder e fez um bom segundo tempo, correu atrás do marcador, mas não pode entrar sonolento nos jogos importantes. Se pegasse um outro time do interior, mais arrumadinho, talvez perdesse o jogo de hoje e deixasse escapar esse momento tão bom em que o time se encontra.
Não dá pra se enganar, o Ituano não é parâmetro pra nada, mas em contrapartida a equipe mostrou um baita poder de reação. Mostra a união e a força do grupo.

E abril chegou e com ele a data que Leão usou como base para podermos exigir no nível máximo os jogadores são paulinos.
Podemos dizer que o time começou da melhor maneira possível, dificultando e facilitando um jogo que valia a manutenção da primeira colocação no campeonato.
Que venham as finais!

Ah, o camisa 7 é craque!! E não, não é mentira...

Abs.
Felippe Palermo.

1o de abril corinthiano

E no domingão de 1o de abril, o famoso dia da mentira, o Corinthians ganhou de verdade.
Quis se complicar na partida, fez o possível ali pra mostrar pro Oeste que ele podia acreditar numa zebra, mas não, o futebol não quis ser tão previsível assim de fazer o Corinthians completinho, com Danilo, Sheik e Liedson, perder pro Oeste.

O Corinthians tinha a posse de bola como sempre, rodava de lado a lado com seus volantes, meias e laterais. Todos participavam da linha de passe no meio campo corinthiano, mas com a marcação apertada da equipe do Oeste, Castan e Chicão lançavam a bola pra Emerson e Liedson correrem...
Óbvio que daria errado. E deu.

Douglas estava atrapalhando a equipe, visivelmente sem a mobilidade de sempre, errou todos os passes que tentou 'forçar' pelo meio da defesa rubro negra e também não conseguia dar o combate na marcação da saída de bola adversária; com isso, Tite tinha um meio campo com Danilo sobrecarregado, Douglas ineficiente em sua função e Paulinho e Ralf perdidos na chegada a frente. Além de acarretar na falta de munição para os atacantes corinthianos.

Sheik, como sempre, pegava bola e partia pra cima sozinho e com isso arrancou as melhores chances do Corinthians no 1o tempo.
Aliás, o que estava começando a parecer mentira, mudou de configuração com a expulsão de Neno, do Oeste, aos 32 da etapa inicial.
Ali, o Corinthians teria que agredir, um time fraco, eu sei, mas o teste ofensivo inciava-se naquele momento.

No intervalo Tite voltou com Willian no lugar de Douglas e o alvinegro venceu o jogo aí.
Com Sheik aberto pela esquerda, Willian pela direita e Liedson centralizado, o Corinthians volto a ter a organização que lhe é característica e Danilo voltou a render o que pode jogando como único armador, de frente pro gol.

Em uma jogada rápida, Emerson chutou forte em direção a área e Liedson, bem posicionado, desencantou. E logo no 1o de abril. Parece mentira, mas não é.
Com o 1 a 0, o Corinthians começou a fazer um treino de luxo e brincou de perder gols. Fato ruim para a confiança da equipe que tem apenas 25 gols pró.

Willian e Liedson ainda marcaram mais um gol cada e fecharam a conta em 3 a 0 contra a frágil equipe do Oeste.
O que fica de lição para Tite, principalmente no prosseguimento da Libertadores.

Anota aí, Adenor Tite: enquanto Douglas tiver nesse nível físico, técnico e tático, nem no banco ele pode ficar, porque atrapalha. É melhor manter Alex e Ramirez como suplentes de Danilo do que estragar todo um esquema equilibrado e organizado por causa de uma jogador.
O jeito ideal do Corinthians jogar é com Ralf e Paulinho como volantes e o segundo chegando de frente pro gol; Danilo como único armador, sem cair muito pelos lados e centralizado o jogo para desafogar nos lados com um atacante aberto em cada lado, que no caso tem que ser Sheik pela esquerda e J.Henrique pela direita e Liedson centralizado como referência.

Willian é um grande jogador e teoricamente disputa posição com o xodó Jorge Henrique.
Eu acho o Willian melhor que o Jorge, mas dentro de toda uma filosofia implantada pelo treinador corinthiano, Jorge Henrique é muito mais importante taticamente do que o camisa 7.
Quando precisar demais qualidade técnica e de um jogador mais incisivo pelo lado direito, Tite pode contar com Willian, que de volta à boa fase, vai ajudar muito o alvinegro nessa caminhada difícil na Libertadores e nas finais do Paulista.

As boas notícias sãos os gols de Liedson e mais um jogo espetacular do melhor jogador do Corinthians na temporada, Emerson Sheik. Não é possível não ser considerado titular depois de tudo que vêm fazendo nos últimos 6, 7 jogos do timão. Abre o olho, Tite. Sheik tem a cara da Libertadores.
E ter a cara da Libertadores é mais do que o time precisa nessa altura.

Abs.
Felippe Palermo.


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domingo, 1 de abril de 2012

Ô, Palmeiras...

E o verdão segue sendo o mais inexplicável dos 4 grandes de São Paulo.
Não dá pra confiar 100% no alviverde, infelizmente, diga-se.
O mesmo time que é capaz de fazer grandes jogos, liderar o campeonato e ficar invcto até março, se desconcentra num clássico e perde o jogo em 2 lances e não é capaz de fazer um bom jogo em casa contra um time de pior nível técnico.

Por mais que o Mirassol tenha uma das melhores estruturas do interior paulista, o Palmeiras precisa se firmar e derrotas como essa, pros palmeirenses em especial, geram mais desconfiança do que deveria. O futebol é um esporte de paixão e detalhes e o Palmeiras não pode mais errar. É, não tem mais o direito de errar, porque já errou muito e vêm errando repetidas vezes.

Ontem, convenhamos, nada deu certo mesmo. A bola teimou em não entrar, as finalizações passaram pertinho da trave ou pararam nas mãos do goleiro do Mirassol, mas mesmo assim, repito, não podia ter perdido. Mas perdeu!

É como aquele filho que só faz cagada na escola, briga com os amiguinhos, xinga a professora... ele vai crescendo, ficando maiorzinho e vai se conscientizando que é feio fazer isso, ele se mantém bem durante 50 dias, vira quase um exemplo de moleque... mas faltando pouquinho pras provas, ele perde a hora e não acorda. Todos têm o direito de errar, menos ele. Não naquele momento. Isso, pelo simples fato de ser reincidente. E o que acontece, depois de 50 dias como um exemplo ou 2 meses invicto e você se perde sem um motivo plausível? A desconfiança vêm à tona, óbvio.

O que é interessante observar é a diferença que duas derrotas em três jogos fazem ao Palmeiras e ao Santos, por exemplo. O alvinegro absorve de uma maneira rápida e madura, já o alviverde, tropeça nos próprios erros e na própria ansiedade de voltar logo a ocupar um lugar ao sol.
O problema do palestra vai além do ambiente quase sempre proprício pra se implantar uma pequena crise.
Esse nós já conhecemos. E a imprensa, longe de ser inocente, adora.

Em 3o lugar na tabela, mas com duas derrotas em três jogos sem gols de Barcos, é quase irresistível pra imprensa esportiva não colocar uma manchete que nos induza a desconfiar e desacreditar nesse Palmeiras.
E a resposta é simples e objetiva: título.
Infelizmente, o Palmeiras perdeu o direito de errar e o de só acertar e 'chegar', a cura pros problemas é uma só, acertar e vencer. Qualquer coisa abaixo disso será tratado pela mídia como mais uma obra daquele que ainda é gigante, mas hoje tenta se convencer do contrário.

Abs.
Felippe Palermo.


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