quinta-feira, 19 de julho de 2012

Frio

De tanto não ter lógica, o futebol confunde as cabeças dos torcedores por aí afora.
No Morumbi, normalmente, o São Paulo é quase imbatível. Mas não hoje em dia e isso é um fato.

Quando se tem um time tão sem brilho, sem força e sem vibração enfrentando uma equipe que gosta de jogos difíceis como essa do Vasco, a receita já vem quase pronta e com os ingredientes à mesa. Vitória vascaína.

Mas mais do que uma simples vitória, o Vasco passeou no Morumbi.
A classe e os chutes de Juninho, a velocidade de Willian Bárbio e a qualidade de Diego Souza aliadas à força de marcação que a equipe de Cristóvão Borges têm, acabaram com o São Paulo sem muito esforço.

Do lado tricolor, muito se xinga, se grita, se cobra, mas pouco se faz.
Uma torcida mimada e acostumada somente com o filet mignon do mundo da bola, agora está começando a ver o que é roer um osso gelado.
O futebol é místico e improvável o suficiente para uma torcida acender um time e um time apagar uma torcida.
E ao invés de sair de seus lares e apoiar o elenco, que é ruim, o torcedor tricolor reclama. E só.

No próximo jogo no Morumbi, não serão 10 mil pessoas, mas sim 6 mil... E a próxima derrota virá e a equipe ficará com menos identidade e a torcida acreditando menos e a perspectiva de melhora 'por si só' não existe. Talvez com a força das arquibancadas a postura mude. Talvez não.

O torcedor prefere acreditar que não muda, e continua reclamando diretamente do seu sofá, usando seu iPhone, xingando o Juvenal pelo seu twitter... Pobres ativistas de sofá!

E a torcida que podia acender uma lareira gigante por um time, prefere ser apagada pelo gelo da equipe que joga com a camisa do São Paulo.


Cada um com suas escolhas. Paciência.

Abs.
Felippe Palermo.


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