sábado, 30 de junho de 2012

Sem Leão...

Há sempre duas formas de analisar um jogo de futebol quando dois clubes gigantes se enfrentam. Ou um ganha ou o outro perde, é sempre assim. Nunca é só um que ganha ou perde, entenderam? Não né. Vou explicar.

Hoje, o SPFC só exemplificou dentro de campo o que eu pensei e falei durante a semana toda.
Jogador de futebol é uma raça complicada e mimada, era nítido que quando Leão caísse, o time mais sem alma do Brasil se transformaria no elenco mais vibrante do Brasileirão. Dito e feito!
Vimos um São Paulo diferente de todos os São Paulos desde 2009.

Não sei o que acontece com os caras, num sei nem o que falar sobre isso. Acho que a explicação mais plausível que poderíamos ter é que os jogadores gostam muito de Milton Cruz. E isso faz toda diferença!
Vejam o Corinthians: o que Tite pede, eles fazem. Sem cara feia, sem biquinho. Simplesmente fazem.
Por que o objetivo é o mesmo. Tanto do treinador, quanto da diretoria e dos 30 jogadores do elenco.

Leão e sua maneira complicada de trabalhar e lidar com funcionários e jogadores enganou tanta gente, que até eu fui enganado. rs
Falei algumas vezes que o elenco tricolor não é bom. Calma, Felippe, concentra! O elenco É bom, mas os caras não queriam jogar com Leão, ué. Paciência!

Hoje o São Paulo voltou a ser São Paulo. Jogando leve, solto, com propriedade no ataque na casa do até então líder, Cruzeiro.
E quando tomou pressão, Denis segurou como pôde e o trio de zaga também mostrou alma. Por pior que sejam, não faltou bunda no chão pra travar os atacantes cruzeirenses, muito menos disposição pra correr atrás da bola e ajudar o SPFC a sair com a vitória.

Bolas alçadas na área, a (falta de) vibração de Casemiro e Luis Fabiano batendo pênalti são três grandes problemas que o tricolor têm. Todos remediáveis, com certeza.

Hoje, quando todos apontavam um passeio cruzeirense, eu, talvez por já ter entendido como funciona a cabeça de 25 jogadores de um elenco de um time grande, fui contra e já sabia que o maior prejudicado com essa bagunça toda no tricolor seria o Cruzeiro. Não sabia se ganharia ou não, mas que o São Paulo jogaria futebol, ah isso era fato. E foi.

E na bela tarde em Belo Horizonte, o Cruzeiro não perdeu. O São Paulo que ganhou.
Viva, Milton Cruz! Até que o próximo 'inimigo' seja contratado.

Abs.
Felippe Palermo.


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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Luz em preto e branco

Frio como tem que ser um time campeão.
Calculista como deve ser um elenco mortal.
Estrategista é o adjetivo que cabe ao seu comandante.
Equilibrado como poucos elencos na história da Libertadores.
Improvável preparação diante de tamanha responsabilidade.
Seguro como um paredão. Quase uma fortaleza.
Soberano como um Sheik árabe.
Exorcista para acabar com o maior bicho papão das Américas.
Inacreditável campanha, sem nenhuma derrota.
Impossível ser campeão sem que seja de maneira invicta.
Corinthiano como tem que ser.
Sofrido como a fiel gosta.
Inteligente para contrastar com o que dizem por aí.
Importante humildade de quem sabe o que deseja.
Insuportáveis 7 dias que os separa do maior título da história.
Iluminado como aquele baixinho que vestia amarelo em 1994.




E hoje, o Corinthians foi mais longe, mas ainda não chegou, é bom que entendam.
Tem em seu elenco uma estrela que não somente brilha, ela é a própria luz.
O sujeito gaúcho que até outro dia era contestado por 'falar difícil', mostrou que a inteligência da fala é tão eficiente quanto a do pensamento e das ações.


E o cara que eu disse ser a própria luz, é também a cara desse time.
Talentosíssimo e frio. Frio demais! Frio como os gigantes são na hora da pressão.


E ele talvez não saiba, mas ontem a noite, ele ganhou não só o grupo, mas 30 milhões de fiéis seguidores.
Seja sua história tão linda quanto a do marrento craque ou tão apaixonante quanto a de Adriano Gabiru. Não sei, e agora também pouco importa.

O futuro, para o corinthiano é dia 04/07/2012 - 102 anos depois de seu nascimento e só. 


E a semana inteira ficaremos esperando, pra te ver Corinthians!

Abs.
Felippe Palermo.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Doce hegemonia

Ah, meu Deus, como é dolorosa a tal hegemonia...

Ela te faz perder a noção de algo que você não te noção.
Ela te deixa mais apaixonado por algo que você já morre de amores.
Faz com que o mais turrão dos cidadãos abram um baita sorriso no gol do título.
Eleva jogadores comuns a condições inimagináveis.
Deixa o súdito, numa falsa impressão, próximo ao Rei.
Emburrece o mais inteligente dos esquemas táticos.
Nos faz acreditar que assistimos um time jogando em 2010, 2011 um futebol jogado em 1963.
Aumenta o ego, a arrogância, a felicidade e a ignorância.

O problema é que quanto maior o tamanho da hegemonia, maior a queda.
E aceite, no Brasil, a queda virá. Sempre!
Aqui, graças a Deus, não é a Espanha.
Temos 12 times grandes que dividem a atenção do país e os títulos também.

Não sei qual é a graça que muitos brasileiros veem nos campeonatos Europeus, onde de 2 em 2 anos, aqueles clubles de sempre ganham algo.
Desculpem, pra mim, isso não é legal. Até porque, no seu pensamento de torcedor apaixonado por tudo em outra língua, a "Champions é mó legal". Sim, super organizada e tal. Um primor!
Mas a Libertadores também é. Retruco.
"Ah, mas o Brasileirão é ruim. Olha esse Náutico e esse Sport!" Sim, mas olha a Inglaterra e a Grécia. rs

Não adianta, aqui no Brasil não se pode acreditar que a hegemonia durará tanto quanto na Espanha ou na França.
Ela dura tempo suficiente pra te fazer sorrir mais do que chorar. Só.
E aproveite! Porque a rotatividade é gigantesca.
Vejam o Fluminense, até outro dia na 3ª divisão, hoje encontra-se firme, forte e renovado.
Atlético-MG, Corinthians, Vasco, Grêmio, enfim, um monte de time enfrentou seus maus momentos e seus dias de glória. E é disso que estou falando.

Então, torcedor santista, antes de execrar seu elenco campeão da América em 2011, tenta usar seu cérebro um pouco mais que o coração para enxergar que o time não é um lixo.
O time é comum e conta com o maior craque brasileiro. E isso é fantástico.

E graças a Deus, o Santos perde as vezes. Por que se não perdesse, o futebol não teria graça, nem pros outros, nem pra você.

Abs.
Felippe Palermo.

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Vibrante

Palmeiras e Corinthians fizeram um jogo morno para um público fraco em uma 6ª rodada de Brasileirão com os dois clubes em finais. Alviverde na Copa do Brasil, alvinegro na Libertadores.

Quem pegasse a escalação de lado a lado, diria "Felipão quer ganhar o jogo" e "Tite, retranqueiro".
Vá lá, é altamente perdoável a escalação de reservas no timão, tendo em vista a final da Libertadores contra o Boca em La Bombonera 3 dias a frente, claro.
Mas coloque no papel os reservas do Corinthians e verás que ali sim, há um elenco forte e bem equilibrado.
Hoje, amigos, o Corinthians é o 'exemplo'.

Antes de entendermos que o Corinthians vem numa crescente assustadora, Mazinho abriu o placar e eu pensei no tamanho da crítica a Tite caso o verdão ganhasse bem.
Mas não precisou, jogando como Corinthians, com vibração, força, equilíbrio e muito talento de Romarinho, o Corinthians virou o jogo e ganhou o clássico.

Vejam bem, claro que eu achei ruim para o Palmeiras ter perdido essa partida, mas eu vou ponderar.
É incrível a mania quase irrestível da mídia em querer tachar como vexatória uma derrota para o Corinthians de Paulo André, Douglas, Liedson e Romarinho como se perdessem do Tupi-MG... Para, vai!

Há 3 dias, o Palmeiras ganhava seu jogo mais importante desde 1999, chegando à final da Copa do Brasil com esse time que a super imprensa paulista chama de 'limitado', podendo ser campeão e voltar à Libertadores em 2013.
Limitada é a Inglaterra que tem Wellbeck, Carroll, Lescott e Young no time e se acha favorita de alguma coisa.

Eu, romântico que sou, prefiro exaltar Willian Arão e Marquinhos, a dupla de volantes que a cada divida com Valdívia, Maikon Leite e Barcos vibravam como se vencessem um prato de comida na disputa.
Eu elevo às alturas a vontade de Paulo André voltando de cirurgia e dando carrinho para desarmar Cicinho, vibrando com os punhos cerrados como se a área corinthiana fosse o quintal de sua casa.

Brindo Liedson, que a cada pique com dores, dá a vida para ganhar a bola como se fosse o último desafio de sua carreira. Isso sim merece ser noticiado e exaltado, não o cansaço físico e psicológico que se encontrava o Palmeiras.

E o Corinthians vai cheio de moral para o primeiro jogo de sua obsessão.
Que a vibração contagiante de seus meninos, inspirem seus velhos mentores do time titular a colocar o nome do Corinthians no topo da América.

Abs.
Felippe Palermo.


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sábado, 23 de junho de 2012

Inclassificável tricolor

E o São Paulo chegou ao fundo do poço.
Sim, o que já não ia nada bem, agora vai de mal a pior.
E sabe quais são as perspectivas de melhora?
0%.

Futebol é um esporte apaixonante e aqui, no país do futebol, nada é fácil.
Temos sempre grandes clubes intercalando-se em títulos e bons jogos, e o São Paulo, que até esses dias era um exemplo, hoje, está alheio a toda evolução dos clubes brasileiros.

O que vimos em campo quarta passada na eliminação em Curitiba era um time sem alma, que aos 41 minutos do segundo tempo, jogando por um gol, parou de jogar e assistiu o Coritiba cozinhar o final do jogo e merecidamente passar para as finais da Copa do Brasil.

O SPFC está entregue. E não adianta absolutamente nada 'ter força política' por contato forte com o presidente da CBF, se o que é colocado em campo não rende. Seja por falta de tática, seja por insatisfação com o treinador ou qualquer que seja o motivo. O fato é que não dá mais.

Não dá para aturar uma diretoria que pensa no clube como uma propriedade deles, como se o nome, a grife São Paulo Futebol Clube, tricampeã mundial fosse feita completamente por méritos dos dirigentes que lá estão.
Não dá para ver o diretor de futebol vir a público, após uma eliminação sem o mínimo de vergonha na cara, falar que "o grupo que faz o torcedor chorar hoje, ainda nos trará muitas alegrias". Ahhhh, pelo amor de Deus...

As vezes dirigente acha que torcedor é babaca.
A maioria até é, mas não nesse caso específico do São Paulo.

Que essa puta falta de respeito dessa diretoria pífia que se instala pelos lados do Morumbi tenha um final breve, caso contrário, o torcedor são paulino verá o mesmo time sem alma e sem vibração de Carpegiani e Adílson jogar até dezembro. Coincidência? Não. Continuidade de um trabalho egoísta e nojento.

E seja o que Deus quiser...

Abs.
Felippe Palermo.


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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mago Scolari

Eu aprendi que as coisas que acontecem no futebol são movidas por uma história.
Umas são mais belas, outras sem muito brilho, mas sempre há uma história para se contar.

E eu tento sempre trazer esse aprendizado para minha visão enquanto jornalista. Por que tal coisa acontece em tal jogo, tal jogador faz isso ou aquilo e assim chego sempre à uma conclusão. Certa ou errada, não sabemos, até porque é a minha conclusão. rs

No jogo de hoje, a história estava escrita. Era nítido.
Era o Grêmio de Luxemburgo precisando provar sua 'imortalidade', contra o Palmeiras bagunçado de Scolari.
Está claro o jogo? Grêmio vira um jogo fora de casa, se enche de moral, a torcida faz a festa do Imortal e bingo! História lindamente escrita.

Mas calma... As histórias correm na medida que o tempo passa. O Vasco tinha uma maravilhosa para contar e ser campeão brasileiro ano passado e o que acontece com um dos maiores ídolos do Corinthians?
Ele diz "vou morrer num domingo com o Corinthians campeão".
Fim.
40 mil pessoas com o punho cerrado e o braço levantado. Corinthians campeão Brasileiro!

E hoje? Quando o Grêmio fez 1 a 0, eu confesso que já pensei em um texto exaltando o tricolor gaúcho, enaltecendo o apelido que carrega consigo há anos. Mas precisava esperar até que o fim do jogo chegasse e óbvio, o segundo gol gremista também.
Eis que aquele que outro dia era protagonista do time de Luxemburgo, que deitava e rolava com esse mesmo uniforme verde e hoje se vê em situações bizarras fora de campo, que é acompanhado por lesões há quase 2 anos, o camisa 10, puxa um contra ataque, solta a bola para o companheiro e recebe em condições de marcar o gol da classificação... e marca.
Ao ver a bola no fundo do gol, Valdívia corre muito, sem camisa vibrando como um jogador recém promovido e literalmente se joga nos braços do treinador palmeirense.
Felipão e Valdívia, num abraço de vibração, de desabafo, de mesmo objetivo traçado.

Pronto, a história é essa! E meu dever é passar pra vocês o que eu senti do jogo.
Dane-se o que aconteceu com o Palmeiras de 2008 pra cá.
Pouco importa o que os diretores falastrões falam ou deixam de falar.
O importante é que o Palmeiras voltou ao topo, voltou ao lugar que se sente bem.
Disputa um título contra uma baita equipe, eu sei... Mas aí tem.

Algo me diz para você acreditar mais do que nunca!
Por que tá perto, não só de ganhar um título de expressão depois de tanto tempo, mas também de você, torcedor palmeirense, gritar emocionado pra quem quiser ouvir que você é Palmeiras!
E sendo Palmeiras você é grande demais!

Bruno, ao final do jogo, após ser abraçado por Barcos, gritou com punhos cerrados e voz firme: "'Vamo' ser campeão"
E Valdívia pulou rodando a camisa sorrindo como há 4 anos fazia no Palestra Itália...

Abs.
Felippe Palermo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

É Corinthians!

E foi do jeito que tinha que ser. O enredo é esse, está tudo claro.
O Corinthians não pode ser simples, prático. Nunca foi, não será agora que a maior das alegrias virá da maneira menos corinthiana que ela pode vir.

Quem viu os torcedores do Corinthians angustiados, chorando feito crianças nas arquibancadas do Pacaembu, talvez não enxergue, mas esse mesmo cara que sofre, que adora ser 'favela', que ama o manto alvinegro, chorou na sua casa em dezembro de 2007 no descenso à Série B.

E é por isso que o futebol é absolutamente apaixonante!
O choro de angustia, seguido pelo choro do desabafo e da alegria são também de redenção, de uma torcida, que fiel que é, não abandonou o clube e hoje se vê pertinho do maior objetivo que um clube de futebol pode alcançar.
E é assim, sofrido, é Corinthians!

Quem se importa com a retranca do Corinthians?
Quem vai lembrar que Ganso e Neymar não jogaram nada?
Quem vai reclamar da expulsão do Sheik?
Quem vai negar que Danilo resolve, e não é de hoje?
Quem vai continuar procurando algo tático pra tentar justificar o injustificável!

O Corinthians chegou e junto com ele, a certeza de que a hora tá chegando.
Se será agora, não sei, 2010 passou e parece que a derrota de Tolima foi ontem, mas não... Vamos olhar pra frente.
Vamos ver que 'logo ali' tem o tão temido Boca. Tem o maior dos últimos muitos anos. Tem uma camisa que pesa fortemente, contra um time que joga com 12.

E o seu 12o jogador é muito maior que qualquer Riquelme. Pelo simples fato de empurrar, ajudar, sofrer e jogar junto, sem cessar!
Daquele jeito, sofrendo como sempre, como tem que ser e está sendo!
É fiel... É Corinthians!

Abs.
Felippe Palermo

domingo, 17 de junho de 2012

Pragmático

Não sei até que ponto devemos esperar um absurdo técnico dos times brasileiros nesse ano.
Não por falta de opção ou de qualidade, e é aí que mora a minha dúvida.

O São Paulo por exemplo, têm ótimos jogadores, alguns selecionáveis. Não consegue emplacar bons jogos nem a pau. E têm, em seu maior referencial ofensivo, um destempero absurdo!

Luis Fabiano, que é sem dúvidas, importantíssimo para esse São Paulo de 2012, é um mar de emoções e um copo d'água de razões.
Cansei de esculachar, de gritar e de ficar irritado. Chega!
A forma com a qual o atacante tricolor foi expulso hoje, beira o absurdo.
Uma entrada desnecessária em Leandro Donizete no final da partida rendeu-lhe o cartão amarelo. Menos de DOIS MINUTOS depois, ao reclamar com o árbitro que Maicon não havia batido uma falta com a bola rolando, o bonitão foi expulso e desfalca o SPFC de novo na próxima rodada.
E aí, diretoria exemplo? Repreender o Paulo Miranda publicamente é fácil, né?!E agora?
Não vou nem me alongar muito nesse assunto, por que ele não merece. Juvenil!

Voltando ao jogo e à minha tese, enxergo um bom time no Atlético, sinceramente, bons jogadores, com potencial para render até o final e continuar com o galo na ponta da tabela.
Mas os caras precisam querer jogar bola em alto nível até dezembro, pelo menos.
Bernard, Danilinho, Ronaldinho, Escudero, Jô e André são bons jogadores. É time suficiente para deixar os atleticanos esperançosos de que esse ano, uma vaga na Libertadores não é um sonho distante, até pela minha linha de raciocínio e pelo equilíbrio do futebol brasileiro.

Logo, seguindo essa minha forma de analisar o momento em que vivemos, sempre ou quase sempre vou achar que os 12 gigantes, jogando em casa, podem mais.
E hoje o tricolor podia mais, aliás, vêm podendo mais e não é de hoje.

Aquele time insinuante que o tricolor tinha no primeiro trimestre, deu lugar a uma equipe mais pragmática e sem brilho, coincidentemente, essa equipe é a que está mais perto de alcançar um resultado (título), deixando de lado aquele futebol que fracassou (?) ao perder pro Santos no Paulistão.

E mais uma vez, temos uma demonstração clara que ninguém aguenta a bronca de jogar bonito e fracassar 2, 3, 4 vezes para ganhar 10 seguidas lá na frente.
Sempre assim, entre tomar 4 e fazer 5 e vez ou outra perder feio e ganhar de 1 a 0 e apresentar um futebol 'mais ou menos', sabe se lá porque, os times tendem a ficarem feios. Vide Santos, Fluminense, SPFC e Inter.

Levando em consideração que, na minha visão, esses times podem render 100% e parece que trabalham pragmaticamente em 40% 'para dar resultado e não correr riscos'.

Até quando?

Abs.
Felippe Palermo.


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Dá pra entender?

D'Alessandro toca para Guiñazu que sofre uma falta. O próprio volante lança Oscar que cruza na cabeça de Leandro Damião que escora para Dagoberto fazer Inter 1x0 Botafogo.
E aí, o que passou na cabeça de Oswaldo e seus comandados?

O que passou eu não sei, mas o fato é que o Botafogo foi cirúrgico. Cirúrgico como o Cruzeiro há duas rodadas no Engenhão contra o próprio Fogão.
Cirúrgico como o Náutico, de novo, contra o Botafogo.
Ou seja, o alvinegro aprendeu a ser calmo e fatal.

Andrezinho foi o dono da partida, procurou jogo o tempo todo, não se omitiu, fez um gol e deu uma assistência. Que noite!
E logo no palco que costumava brilhar há 2 anos.

O Botafogo é a equipe mais difícil de acreditar. Quando você acha que 'agora vai', ela faz o favor de perder um jogo 'ganho' e não conseguir jogar o que sabe no jogo seguinte.
Aí, quando você tem certeza que 'aqueles dois bons jogos foram dois lapsos', ela vira um jogo 'perdido', fora de casa contra uma equipe que tradicionalmente ganha tudo em seus domínios.
Como entender esse time?

Fico tentando entender e projetar seu próximo jogo, teoricamente tranquilo, contra a Ponte sábado que vem no Engenhão.

Serei muito chato se voltar aqui daqui 1 semana e esculachar os caras?
Serei um jornalista ruim se achar que o Botafogo, com o time que tem, precisa vencer bem a Ponte?
Serei incompreensível se disser pra vocês que o Fogão convence, mas não vence?

Espero vê-los vencedores daqui a uma semana, por que Oswaldo trabalha certo e o elenco é qualificado.
O que falta para o Botafogo ter as chances que merece na ponta da tabela é paz. Só paz. Por que bola, eles têm.

Se a torcida jogar sempre junto e parar de desconfiar, tenho certeza que esse é O ano.

Alvinegros, deixem a desconfiança para nós, jornalistas.
Eu não entendo o Botafogo, mas não sou eu que tenho que decifrá-lo, são vocês que devem apoiá-lo. Sempre!

Vão por mim, apoiem-no, a hora tá chegando!

Abs.
Felippe Palermo.


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sexta-feira, 15 de junho de 2012

O poder do dom

Eu poderia falar sobre qualquer coisa negativa em relação ao São Paulo no jogo de hoje.
Poderia falar que o Coritiba dominou a maior parte do jogo; que o tricolor não impôs seu ritmo e deixou os curitibanos dominarem a partida; que Luis Fabiano perdeu gols que ele não costuma perder; e que a equipe continua sem aquele 'quê' de time guerreiro, sabe?

Eu sempre achei isso de 'raça', 'garra', 'guerreiros' e etc uma tremenda babaquice, mas acredito em vibração e determinação. Coisa que o SPFC teve ontem e vem tendo, pelo menos nos jogos da Copa do Brasil.
Quando a torcida grita raça aos 30 do segundo tempo com o São Paulo com um a menos contra uma equipe infinitamente melhor distribuída taticamente, eu repenso o que acho que sei sobre futebol.

É fácil entender que não tem como você jogar igual e se lançar ao ataque como se estivesse 11 contra 11.
Mas no Morumbi, amigo, com 40 mil pessoas, o que menos se vê por ali é um sujeito entendendo isso tudo.
É difícil demais pra um coração apaixonado aceitar ser atacado dentro de casa por um time sem tanto nome, porém, ontem, com mais futebol que o seu. Mas faz parte e aconteceu.

Mas como eu disse ao abrir o texto, não vou vomitar regra e cornetar ninguém.
O SPFC não merece, o Leão, que ousou, fez boas alterações e deixou o time solto, também não merece. Mas tem uma figura que não merece de jeito nenhum qualquer tipo de menção sem que essa seja positiva: Lucas.

Vomitem regra, gritem, esperneiem, falem que Neymar é melhor, que Dener poderia ter sido melhor e que Lucas 'chora' no twitter. Caguem toda a regra do mundo no moleque, vocês não veem o que o próprio Lucas enxerga.
O camisa 7 tricolor deu uma entrevista que repercutiu bastante. Ele diz ser sabedor do patamar que atingiu no futebol e na responsabilidade que carrega no time tricolor.
E disse mais, esforçou-se para estar em campo na vitória sobre o Santos no último domingo, 10 horas após ter desembarcado em Guarulhos depois de um jogo sábado nos EUA contra a Argentina.
Lucas é isso aí, são paulinada. Vai, falem mal do cara que dá a vida para estar em campo ajudando os companheiros e tentando deixar o dia seguinte de vocês mais feliz.

Dificilmente eu atrelo as glórias dos atletas à forças superiores aqui no blog, mas hoje me sinto no direito de falar. Deus ajuda quem é assim e como Lucas mesmo diz, ele tem um dom e aperfeiçoou esse dom de tal forma que hoje, aos 20 anos, é o termômetro do São Paulo Futebol Clube.

Pra semana que vem, o tricolor precisa melhorar, precisa ser mais firme na marcação e fatal nas chances que tiver. Mas e daí?
O que deve ser feito semana que vem Leão sabe, mas hoje não, hoje é dia de simplesmente esquecer tudo que há de ruim no tricolor e dizer uma frase: Obrigado, Lucas.

Abs.
Felippe Palermo.


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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Mais pronto do que nunca

Eu não vi um time que só se defende.
Eu não vi uma equipe sem personalidade.
Estou procurando o time que não sabe jogar Libertadores.
Também não vi nenhum dos 11 jogadores de preto pipocarem.
Não vi ninguém sentir a "pressão" da Vila Belmiro'.

Enfim, vi um time frio, equilibrado, entregue à filosofia de seu treinador e 100% sabedor daquilo que precisa fazer para ganhar o torneio que o assombra desde o início dos anos 60.

Ver um time que sabe o que fazer para ganhar, não quer dizer que já está ganho, é bom que saibam discernir. O Santos deve ser respeitado no Pacaembu, de preferência da mesma forma que foi respeitado na Vila.

O Corinthians teve a atitude mais inteligente que uma equipe marcada por não vencer determinado campeonato poderia ter: ele pormenorizou o bicho papão.
Ele deixou a Libertadores exatamente do jeito que consegue lidar. Com a pressão suportável e, seguindo a maneira de trabalhar de seu treinador, muito inteligente e sóbrio. O alvinegro jogou desde o primeiro jogo com o regulamento embaixo do braço.

Digam o que quiserem, jurem que o time de Tite não constrói, só destrói. Eu vou responder dizendo para assistirem todo o 1o tempo do jogo de ontem.
Os de preto dominaram as ações do jogo e os de branco por muitas vezes se defendiam com 10 homens atrás da linha do meio campo.
Pois é, é meu dever analisar o jogo sem a 'amnésia' que acompanha os apaixonados que só lembram do Santos atacando o Corinthians que tinha um a menos.

Vale exaltar a participação do Sheik. Apesar da expulsão, prejudicando a equipe no jogo e ficando de fora da partida decisiva semana que vem, o camisa 11 corinthiano foi o senhor da partida. Jogou muita bola!
Pena não ter tido nenhum companheiro de ataque à altura do futebol que mostrou ontem.
Além da pintura que determinou o placar final, Emerson não deixou a defesa do Santos respirar.
Ele é o típico jogador que a gente não vê mais. Vai pra cima, não cansa, cria, finaliza, dá combate e ajuda na marcação. É completo.

Vejo um jogo complicado na volta, mais pela ausência de Sheik do que efetivamente pelo que o Santos vêm apresentando.
Certamente veremos um time tão ou mais equilibrado, obediente taticamente e pronto. Pronto pra brilhar.

Se eu (e só eu) via um Corinthians pronto pra ser campeão, agora, com 1 a 0 a favor contra um time que não havia perdido um joguinho sequer esse ano, vejo o timão pronto e favorito.
O que, contra o imprevisível Neymar, é apenas um detalhe, não um fator determinante para a classificação.

Abs.
Felippe Palermo.


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Jogando como sempre, perdendo como nunca

E a torcida do peixe vai falar "Tite retranqueiro", "Ah, mas o Corinthians não jogou", "Semana que vem a história é outra".
Eu vi gente dizendo que o Corinthians não faria frente ao eliminado Vélez... (?)
Enfim, vi de tudo e tudo isso é proveniente de algo que eu falo repetidas vezes: a hegemonia cega e ilude.
E é isso, somente isso, que está acontecendo com os santistas e com sua principal estrela.

O santista como um todo desacostumou a perder. E Neymar nunca soube.
Eu entendo, ele é um jogador de futebol de 20 anos. Por mais personalidade que tenha, ele não está 100% formado ainda. Têm muito o que aprender ainda.

Antes que vocês me considerem um traidor por sempre falar bem do camisa 11 e agora criticá-lo, eu lhes convido a um rápido momento de reflexão: o que Neymar perdeu até hoje?
O Brasileirão do ano passado praticamente foi um treino gigante até o Mundial. E o de 2010 teve o relaxamento natural por conta da vaga na Libertadores assegurada com o título da Copa do Brasil daquele ano.
Os Paulistas de 2010, 2011, 2012 ele ganhou, assim a Libertadores de 2011.
Na sub20 ele também venceu naquele jogaço, 6 a 3, contra o Uruguai.
A eliminação na Copa América foi , digamos, de fácil digestão.
E as duas derrotas mais fortes que o garoto sofreu foram contra o Corinthians no Paulistão de 2009 e o Barcelona naquela aula de futebol em dezembro passado e nesses dois jogos, o Santos não teve nem tempo de tentar vencer, logo, Neymar não 'sentiu' como sentiu a de ontem.

E como o torcedor não lembra como é perder, a sensação é de 'fim de mundo' mesmo.
E errado, diga-se, o torcedor atrela toda e qualquer circunstância infundada para justificar o óbvio.
O Corinthians é, hoje, mais time que o Santos.

O Santos sempre foi esse mesmo time, só que com Neymar a 110%. Porém, o melhor jogador brasileiro em atividade não é uma máquina. Ele cansa, ele erra, ele sente o jogo, e é bom frisar que seu repertório de jogadas não diminui, os marcadores que estão mais ligados. Só.

E hoje foi o dia que eu sabia que logo chegaria. Ele estava cansado. Não deu conta da sobrecarga absurda que o acompanha desde a saída de Robinho, Wesley e André.

E quando não se têm o melhor Menino da Vila voando, Muricy volta à velha tática que o acompanha em mata-matas há anos, bolas alçadas na área e jogo pelos lados. Só que o Santos não é o SPFC de Aloísio, Alex Silva e Miranda. O Santos não têm as mesmas características, é um time diferente, que joga pelo chão e tem uma estatura baixa.

Então, torcedores santistas, fiquem calmos e torçam para Neymar estar do jeito que ele esteve há exatamente 1 ano atrás. Voando, jogando 'sozinho' e vencendo para vocês, com vocês.

Hoje, o Santos jogou como sempre e perdeu como nunca.

A chance do Santos aumenta se Muricy ousar, caso não ouse, corre o risco d'eu voltar aqui na semana que vem e escrever sobre a classificação do alvinegro, mas não o praiano.

Abre o olho Muricy, esse Santos tem que mudar você, não o contrário.

Abs.
Felippe Palermo.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

1 a 0. Pronto, acabou.


Eu acordei sem vontade nenhuma de esculachar todo mundo e vomitar regra sobre essa piada que o nosso calendário futebolístico se tornou.
Os estaduais são longos demais, à toa.
Pronto, já vomitei minha regra.


SPFC e Santos jogaram para SEIS MIL E QUINHENTAS PESSOAS no Morumbi.
Acreditem, 6.505 corajosos foram assistir o Santos B com 3 titulares contra o SPFC quase todo A.  E deu a lógica, 1 a 0 para o tricolor.
O jogo foi aquele típico: "Hmm, tem jogo né? Ok, vamo lá. 1 a 0 pro SPFC, tá bom? Tá, tá. Beleza. Valeu, acabou."

Leão disse ao final da partida que "nem sempre é possível dar espetáculo".
Ok, Émerson. A gente finge que não viu o absurdo limitado que o Muricy tinha em mãos. Vai dizer que aquele catadão do Santos era forte o bastante pra você e seus Fernandinhos e Willians José? Para, né.

O SPFC jogou muuuuuito pro gasto e ganhou porque o Santos que esteve no Morumbi era ruim, porque Denis fez duas boas defesas e porque os jogadores erram em demasia. Erram sem parar, não têm limites pro erro. E calma, tricolores, antes que vocês achem que eu sou o anti-SPFC, eu explico: é sempre o mesmo erro! O famoso 'último passe', já ouviram falar?

Esse tipo de erro será fatal no confronto semifinal contra o Coritiba.
Os jogadores precisam acertar a qualquer custo essa bola, que bem colocada, deixa os atacantes na frente a frente com goleiro.

No mais, o SPFC que vimos ontem é aquilo mesmo com o reforço de Luis Fabiano e Casemiro. Só.
Não adianta achar que muda muito, que o elenco é uma maravilha (até é, com as voltas de R. Ceni, Wellington, Fabrício, Cañete e etc) e bla bla bla, a realidade é essa e dá pra ser campeão da Copa do Brasil.

E para o peixe a conversa é mais direta.
Os jogadores que estavam em campo ontem deram seu melhor, jogaram do jeito que conseguiram contra um time mais forte e melhor preparado. Fizeram o papel deles com dignidade e pronto.
Derrota normal, previsível até.
Destaque para Alan Kardec que criou a maioria das jogadas de perigo do peixe e para a entrada do garoto Victor Andrade de 16 anos, que com 6 minutos em campo, fez mais que Rentería o jogo inteiro.
E não é média não, o moleque entrou cheio de vontade, correndo pra dar combate, auxiliando na marcação e ainda arrumou um chute da entrada da área e fez Denis trabalhar. Se bem trabalhado, dará bons frutos aos santistas.

Chavinhas viradas, concentração dobrada e jogos em seus domínios.
Santos e SPFC têm uma semana importantíssima pela frente.
O alvinegro pega o rival Corinthians numa semifinal histórica de Libertadores; já o tricolor enfrenta o Coritiba em busca do inédito título da Copa do Brasil e de quebra a volta à Libertadores de 2013.

Jogos difíceis e sem perspectiva nenhuma de favoritismo, mas no fundo, no fundo, a gente sabe que ambos têm plenas condições de atingirem seus objetivos.

Boa sorte a SanSão e que essa semana chegue com os melhores jogos do ano, porque o de ontem, foi duro... duro de assistir.

Abs.
Felippe Palermo.


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domingo, 10 de junho de 2012

Bom e velho galo

Palmeiras e Atlético-MG fariam, há 10, 12 anos atrás, um clássico digno de parar a cidade para assistir.
Hoje, em posições parecidas no tocante à falta de títulos, porco e galo buscam a glória a todo custo. Mais do que querer, eles precisam de títulos.

Nenhum gigante se apequena, quem acredita nisso, não sabe o que é futebol e a força que esse esporte têm. Muito provavelmente, ninguém lembrará da seca de títulos do Corinthians nos anos 70, do Santos nos anos 80, do Fluminense na Série C em 1999.
99 aliás que foi um ano extremamente diferente do que vemos hoje para Atlético (finalista do Brasileirão) e Palmeiras (campeão da Libertadores), logo, finalizo essa parte repetindo que nenhum gigante se torna pequeno  e que a paciência deve caminhar lado a lado com o torcedor aqui no Brasil, tendo em vista a grande quantidade de grandes clubes.

Mesmo com tantas semelhanças, encontrei algo que Palmeiras têm de monte e galo quase nada. Mídia.
É, mídia. A mesma mídia que bate no verdão a cada derrota e cria as mais absurdas crises mesmo nas vitórias e classificações, não noticia o Atlético da mesma forma.
Mas esse problema está prestes a acabar. E o dono da solução joga com a 49, foi recém contratado e já estava em campo ontem.
Se você pensou Ronaldinho, acertou.

O ex-jogador do Flamengo trará muita mídia (e qualidade técnica) para o clube com a melhor estrutura do país.
Além do dia a dia, Ronaldinho vai trazer patrocínios, pontuais na maior parte das vezes, e aumento na venda de camisas.
Enfim, ótimo negócio para o galo, melhor ainda se o camisa 49 entregar-se para o futebol com vontade e determinação. Pois futebol, ele têm. Basta querer.

Eu sempre costumo dizer que entre os 12 grandes é muito difícil o visitante ser cravado como favorito, na verdade, eu não acho quase nunca que o Santos seja favorito contra o Grêmio no Olímpico, nem que o Fluminense entre como favorito contra o Cruzeiro em Minas, logo, seguindo essa minha linha de raciocínio, o Atlético-MG não teve apenas uma vitória fora de casa, ganhou de um concorrente grande, longe de seus domínios e isso, ao final do campeonato, fará toda a diferença.

Parabéns ao Atlético pelo início de Campeonato. Que essa vontade de vencer permaneça viva em seus jogadores até o final da competição. Muito bacana ver a vibração dos atletas ao final da partida.
Afinal, o galo merece muito mais que comemorar apenas as derrotas do rival.

Abs.
Felippe Palermo.

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sábado, 9 de junho de 2012

O caminho é esse

Brasil e Argentina fizeram um jogaço. Daqueles dignos de aplausos dos que amam o futebol bem jogado.

Claro que para os jornalistas oportunistas e os coitados dos brasileiros que torcem contra o Brasil por causa do Ricardo Teixeira, a Argentina 'sobrou' no jogo e Messi é um et.
Sim, Messi é excelente, demonstrou isso em três oportunidades.
Finalizou 3 vezes como craque que é e ponto final. Sem delírios, ele fez gols, não jogadas de gênio.

A nossa Seleção, sub 23 diga-se, jogou de igual pra igual com o principal da Argentina e isso não é choro, até porque não choraria se tivesse sido 4 a 3 pra nós ou um merecido 4 a 4, apenas relato um fato.
Quem defender qualquer outro tipo de situação, com certeza estava vendo Alemanha x Portugal e não viu uma troca de passes do Brasil, logo, comentando em cima do resultado, 'os de amarelo são uns vendidos', 'fracos' e 'só sabem dançar'; já os de azul não, 'olha que qualidade na saída', 'olha que bola jogam os atacantes'.. Ahhh, vão assistir A Fazenda e parem de falar besteira.

Agora, sem qualquer tipo de fanatismo, essa nossa Seleção chega sim como favorita ao inédito ouro olímpico.
Obviamente Mano Menezes não agradará a todos com a lista final, mas não deve fugir muito do esperado por 90% dos que acompanham a Seleção, seja torcendo, seja trabalhando imparcialmente (né mídia brasileira? (tenho vergonha de alguns de vocês, 'jornalistas')).

Com algumas ressalvas como a manutenção de Sandro no time titular, confirmar Thiago Silva e David Luiz no miolo da zaga e definir logo a lateral direita, o Brasil está pronto para as Olimpíadas.
Os convocados são talentosos, Mano parece ter encontrado um caminho e em julho o bicho pega pra valer.
E eu to confiante, torcendo mais do que nunca para dar Brasil em Londres.

Chega de reivindicar a, b ou c, o grupo está bom e é humanamente impossível agradar tantos milhões de torcedores, que apaixonados, ainda que jurem que não, se importam com tudo que acontece 'lá naquela bagunça'.
Só para exemplificar: eu considero Paulinho melhor que Arouca. E aí? Vão me bater? Vão subir a tag #FelippeBurro ou #Foracoisasdabola?! Para, vai.

Fiquem aí na de vocês, se escondendo da paixão que os acompanha pela nossa Seleção.
Mas tranquilo, ela continua sendo a Amarelinha de sempre e quando o Brasil for campeão em Londres, nós que estamos juntos com ela até debaixo d'água, vamos deixar vocês gritarem e comemorarem junto com a gente.

Tape os ouvidos, confie em você e nas suas convicções, Mano. O caminho é esse mesmo!

Abs.
Felippe Palermo.


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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Resultado normal

Há sempre no mínimo três formas de analisarmos um jogo de futebol. E no caso de Inter e SPFC, o tricolor não perdeu, foi o Internacional que ganhou.
Primeiro por que ninguém é favorito contra o Inter no Beira-Rio, depois por que o tricolor não mereceu nada mais do que aconteceu.

O torcedor tricolor, abastecido pela soberba da mídia paulistana, chora a derrota para o colorado como se tivesse perdido para o Ji Paraná-RO no Morumbi.

Pera aí, o São Paulo não tem nem o elenco maravilhoso que achávamos que tinha no início do ano.

Muito por causa das lesões, mas também pela falta de qualidade mesmo. As vezes de Leão (rs), as vezes dos próprios jogadores. E digo mais, é num momento como esse, com uns jogadores lesionados e outros na Seleção, que o superelenco deveria fazer valer sua qualidade. Mas não. O SPFC não se encontra nesse estado maravilhoso de espírito. Quem viu o jogo de ontem entende que contra o Coritiba na Copa do Brasil, os jogadores jogarão melhor, até porque é quase impossível apresentar-se pior que ontem.

Baseado nisso acredito que não podemos tirar essa partida contra o Inter como parâmetro.

E se por acaso o São Paulo jogar assim ou parecido com isso, pelo menos terei certeza de uma coisa. Não havia merecimento.

Outro ponto triste para o são paulino é a mania insuportável de Luis Fabiano ser líder, ou melhor dizendo, tentar ser líder. Meu querido Luis Fabiano, você que sonha em vencer pelo São Paulo, ser líder não é ser destemperado como você continua sendo. Pelo amor de Deus, de novo fora de um clássico? E sabem quantas faltas ele fez para tomar os 3 amarelos que tomou? Nenhuma! Isso mesmo, nenhuma. Foram três cartões amarelos contra Botafogo, Bahia e Inter por reclamação.

Eu, sinceramente, tento, mas não consigo entender como um jogador de 30 anos tomar cartões assim. Só por que ostenta uma braçadeira de capitão? Para, vai.

E é assim, cheio de desconfiança, porém com um bom time titular, que o São Paulo vai em busca do inédito título da Copa do Brasil. Antes disso tem o Santos domingo, no Morumbi. Chance boa para o time partir para a guerra contra o coxa com moral. Se pudesse dar uma sugestão para o torcedor seria: lote o estádio quinta que vem. Sabe quem diz que torcida não ganha jogo?
Quem não entende 1 real de futebol.

Vá ao Morumbi, empurre o time, esqueça as irritações com a, b ou c e ajude o São Paulo a jogar pra frente e fazer um bom resultado aqui, pois em Curitiba, a torcida do Coritiba fará o mesmo.

E ah, perder para o Inter no Beira-Rio com os desfalques que o São Paulo têm, é mais normal do que seu cérebro apaixonado consegue entender.

Abs.
Felippe Palermo.

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vai dar Samba

Depois de dois ótimos jogos contra Dinamarca e EUA, era a hora de pegar um adversário mais forte.
O México têm uma seleção muito bem postada defensivamente e jogadores rápidos no ataque.
E por incrível que pareça, essas duas características dos mexicanos acabaram com a Seleção Brasileira em dois lances.

Primeiro pela excelente forma de marcar nosso melhor jogador.
Talvez pelo exemplo que tivemos com o Chelsea marcando Messi  na semifinal da Champions, o treinador Della Torre do México, armou sua equipe sempre com dois jogadores marcando Neymar. Um de um lado e outro na sobra. E como Neymar joga na ponta esquerda, era óbvio. Ele ficaria sem espaço, já que a linha lateral 'o marcava' também.

Mano e Neymar talvez tenham demorado muito para perceber que preso ali no cantinho esquerdo, Neymar não conseguiria fazer absolutamente nada. E antes que percebessem e mudassem algo, a outra característica
mexicana veio à tona. A velocidade.

Numa jogada rápida pela esquerda, Giovani dos Santos bate por cobertura, sem chance nenhuma para Rafael, e faz um golaço. O 1 a 0 não desestabilizou o Brasil, que ainda tentava jogar com Neymar preso e Damião isolado, mas deixou o que era difícil mais difícil ainda, até por que o México se fechou com mais jogadores e usava só o contra ataque como arma.
E numa bobeira de Sandro e Juan, Chicharito Hernandes ganha de Juan na velocidade e é derrubado dentro da área. Pênalti marcado e 2 a 0 no placar.

É nítido que fica complicado correr atrás de um placar de dois gols negativo contra um boa equipe como a do México.
O Brasil não foi nem de longe aquela Seleção leve e solta dos dois últimos amistosos.

O gramado do estádio mais maravilhoso que já vi na vida era horrível, eu sei. Mas erra horrível para brasileiros e mexicanos. Não serve como desculpa.

O que não pode haver e é o que há de mais injusto é a mania de jornalista e 'torcedor' brasileiro descendo a lenha na Seleção sem nem ao menos tentar enxergar que o Brasil estava invicto há 10 jogos, com 8 vitórias consecutivas.
Não dá pra ser tão covarde ao ponto de nem saber escalar nossa Seleção e vir encher a internet e os jornais de asneira e bla bla bla.

Mas o futebol é dinâmico e adora dar chances aos grandes. E sábado tem Brasil x Argentina em New Jersey.
E essa é a chance ideal para Neymar e cia voltarem a jogar seu melhor futebol e partir pra Londres mais favoritos do que nunca.

Abs.
Felippe Palermo.


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