quinta-feira, 19 de julho de 2012

Realidades diferentes

Um time que joga pelo chão, outro time que joga pelo alto.
O resultado foi um detalhe, a disparidade de qualidade coletiva foi um absurdo.

O torcedor santista cismou, por conta das ótimas 2 temporadas e meia de muito sucesso que o Santos é um baaaaaita time e que 'esses que estão jogando não são do time titular, temos desfalques'. Peraí, quais desfalques além de Neymar? Ok, o camisa 11 é 75% do time, mas isso não justifica.
O que mais machuca o torcedor do peixe (e já está na hora de parar de machucar) é ouvir que o Santos sempre jogou isso aí. Eu sei que machuca, porque moro em Santos e é impossível discutir com um santista sobre o argumento de Neymar ter jogado 'sozinho' a Libertadores do ano passado.

Entenda o 'sozinho' como uma força de expressão. E sim, se Neymar não existisse nesse elenco santista, André, Wesley, Ganso, Rafael, Durval, Dracena, Danilo, Alan Patrick, Alex Sandro, Adriano Pagode e toda molecada não teriam 15% da fama que têm.

Não briguem comigo, na verdade não briguem com ninguém. Apenas agradeçam ao Neymar por ajudar esse time pra lá de comum a ser considerado um dos melhores do mundo em 2010/2011.

E ah, esse ano esquece viu!?
Tal qual o rival tricolor, a perspectiva para o Brasileirão é pífia. E isso não é demérito pra ninguém, são coisas da bola, acontecem.
Até por que, aqui no Brasil temos grandes equipes que montam grandes elencos e estão sempre aptas a disputarem títulos, e esse ano o peixe não está na parada, ué. Simplesmente aceitem.

E não fiquem chateados pelo Botafogo, com um elenco razoável e um bom time titular, estar lá em cima e muito provavelmente brigar pela vaga na Libertadores.
Esse é um dos aspectos que fazem o Brasileirão ser chamado de 'O campeonato nacional mais difícil do mundo'.

Oswaldo voltou do Japão, onde ganhou tudo diga-se, muito mais maduro e convicto do que e de quem põe em campo. E o Botafogo agradece e, na medida do possível, o recompensa.
Não com um futebol absurdamente brilhante, mas com um estilo de jogo típico de time que vai brigar muito por um objetivo.

E sinceramente, é isso que anda faltando por aí. Time que briga, que joga, que tenta, que erra e acerta e que dá a vida por algo que sempre foi grande, mas que perdeu a magnitude pelo famoso futebol moderno.
Jogar com a bola no chão, trocando passes e envolvendo o adversário usando a qualidade técnica é o que todos deveriam tentar fazer, aliás, seria na verdade, o meu ideal de futebol.
Mas nem todos gostam, outros nem conseguiriam tentar.

E assim o futebol caminha normalmente como sempre foi. O Santos que ontem era ótimo e hoje é só mais um enfrentou o Botafogo que era mais um e hoje segue na busca pra ser ótimo.

Que venha Seedorf, que tudo dê certo, enfim. A torcida da estrela solitária merece um ano ótimo e não só mais um ano.

Abs.
Felippe Palermo.

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