#ousadiaealegria

Com 2 anos de profissional, o nosso pequeno fenômeno já está entre os 23 melhores jogadores do mundo.
É brincadeira eu ponderar e achar o máximo Neymar estar entre os 23 melhores do planeta nessa última temporada. Com todo respeito, Neymar deixaria no chão uns 18, com seu futebol, sem carisma e sua ousadia; Neymar foi criado para vencer.

Seria um devaneio perder muitas linhas desse texto para abrir uma discussão aqui, mas serei breve, prometo.
É nítido e agora está comprovado (pra quem ainda não havia percebido), que a Espanha, hoje, predomina o futebol. São 13 dos 23 atletas concorrendo o título de melhor do mundo. O curioso é que o prêmio irá ou para a América do Sul ou para a Europa, no idioma português, mas isso é apenas um detalhe. O montante nos mostra que a Espanha se preparou muito bem para carregar o bastão de ser a melhor equipe de futebol do mundo.
Citar que o Brasil tem apenas dois concorrentes (Dani Alves e Neymar) seria outro absurdo, porque nós sabemos que Neymar vale por muitos, talvez pelos 20 que disputam com ele, C.Ronaldo e Messi; e não, não estou brincando.

Neymar é o tipo de atleta que todo mundo gosta, dirigente, torcedor, comissão técnica, dpto médico, dpto marketing, roupeiro, massagista... ufa! Só o adversário não gosta de Neymar. E por motivos óbvios, diga-se.
Tem um quê de moleque, um sorriso puro, verdadeiro, têm ganhos de adulto, mas é um adolescente... que já é pai e leva em seu braço o nome do filho. Responsabilidade, ousadia e alegria, esse é Neymar.

O camissa 11 santista não é, mas ainda é franzino, leva multidões ao delírio por onde passa com seu estilo diferente, ousado e alegre, fez moda com seu cabelo moicano em todos os cantos do Brasil (ok, torcedor chatinho, o Beckham fez em 2002, mas o Beckham é inglês e eu tô no Brasil), usa chuteiras chamativas, tem uma agenda cheia de compromissos comerciais, sai a noite, viaja, dorme menos e ainda assim joga mais que todo mundo... Neymar, hoje, é um superstar.

Das chuteiras roxas, amarelas, laranjas, brancas, azuis saem as jogadas e os dribles mais impressionantes dos últimos tempos; há quem dizia tempos atrás que Neymar era um Pedrinho melhorado, o moleque deitou e rolou; depois ele era 'igual o Juninho Paulista no início', o moleque deitou, rolou e ganhou título; depois ele era o Denílson e agora era certeza, para por aí. Não, Neymar deitou, rolou, ganhou títulos, ganhou uma Libertadores, foi pra seleção, fez mais de 70 jogos (até hoje, 01/01/11), está prestes a fazer o centésimo gol na carreira e tem 'o jogo da vida' em dezembro contra o Barcelona, isso claro, ganhando a semifinal do torneio.
As jogadas impressionam até mesmo quem trabalha com ele no dia a dia. O molejo dos quadris é digno de Garrincha e Canhoteiro, os chutes com as duas pernas e a mesma precisão é aplaudido por Junior, as cobranças de escanteio, faltas e penaltis vêm impressionando os especialistas e a velocidade, aliado ao poder de decisão é de outro mundo.

Neymar é o que o Brasil queria que Kaká fosse em 2002, mas Kaká é mais reservado, não gosta do barulho que Neymar ama e sente-se bem.
Histeria, fanatismo, loucura, amor incondicional, experimente passar com Neymar em qualquer estado brasileiro e diga que não é como uma turnê de uma banda famosa, ou até pior, porque Neymar é nosso.
Ele é o moleque que não se cansa, que jogou muito mais que o Corinthians por exemplo e não quer parar.
O dpto médico do Santos FC, muitas vezes se vê obrigado a pará-lo, porque por ele, só pararia de jogar um dia antes da ida ao Japão para o Mundial.

O garoto de ouro apanha, sofre com a marcação muitas vezes desleal dos colegas de trabalho e não se intimida.
Lembro bem de um Corinthians x Santos em 2009, no Pacaembu, onde Cristian maldosamente dá um soco no rosto de Neymar, que não jogara mais nada naquele dia. Pobre, Cristian... Despertou no menino, umas das mais importantes características num jogador de futebol: a personalidade.
De lá pra cá, é só porrada, pontapés, empurrões, xingamentos, tentativas, em vão, de pará-lo e Neymar segue, segue a passos largos para tentar dominar o mundo, encontrará em Messi um desafio enorme, talvez não consiga ser tão cedo o maior, talvez consiga; o tempo, os jogos, os títulos e os próprios Et's irão dizer. E não vai demorar para sabermos, porque o menino da Vila se aperfeiçoa cada dia mais, assim como tenho certeza que Messi o faz, o que me deixa a dúvida: Aonde vão parar? Qual o limite?

Doce futebol que nos proporcionará um momento histórico, no início de carreira, um duelo entre Messi e Neymar, ao vivo, no Japão. Estarei acordado, torcendo, querendo ver um 8 a 7, um 6 a 6, enfim, quero ver do que são capazes ali, um contra o outro, no mesmo campo, disputando o troféu mais valioso que um clube pode ganhar.

Obrigado por deixar algo tão difícil, muito, muito, muito fácil ao olhos de quem vê.
Boa sorte, moleque. Você já é um campeão.

Vai com tudo, pra cima deles. Ousadia e Alegria.

René Simões um dia profetizou "Estamos criando um monstro".
Parabéns, Dr. René, o sr. esteve certo todo esse tempo.
E o monstro tem nome, atende por Ney, Juninho, Neymar... mas pode chamar de Neymaravilha, Neymito...

Abs.
Felippe Palermo.


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