quinta-feira, 1 de março de 2012

Deu liga

Quando uma equipe passa por um longo período de maus resultados, é natural que a mídia, os torcedores, os dirigentes e até os jogadores passem a não acreditar no sucesso, na 'volta por cima'. E o Palmeiras esteve assim.

Não há nenhum outro clube no Brasil que não consiga passar uma rodada, seja ganhando ou perdendo, sem procurar um problema, interno ou não, como o Palmeiras.
A pressão era tão intensa, que o maior ídolo recente, Marcos, as vezes 'jogava contra'. Mas nunca na maldade; Marcão era assim mesmo, autêntico, palmeirense convicto, odiava ver o clube que tanto ama naquela situação.
Desde um simples problema corriqueiro no vestiário, até grandes discussões abertas entre dirigentes e comissão técnica, passando por bons e maus jogos, o Palmeiras não encontrava a paz.
Até que um velho reforço foi contratado para amenizar essa panela de pressão absurda que se instalou em um dos maiores clubes de futebol do Brasil.

Luis Felipe Scolari, campeão da Libertadores 99,  foi a cara do Palmeiras durante uma era vencedora e foi baseado nisso que foi contratado, para fazer esse gigante se acostumar com as vitórias e os títulos.
"2011 não foi um bom ano para o Palmeiras", dirá algum cronista por aí.
"Claro que foi", eu direi.
E foi porque no futebol as coisas levam um tempo para acontecer, não é porque Felipão começou a treinar o time em março, que em abril tudo será lindo e fácil, não, muito pelo contrário; Luis Felipe Scolari mostrou o tamanho de sua força ao segurar esse grupo que até outro dia era ruim e sem confiança e transformá-los num elenco competitivo e aparentemente vencedor.

O Palmeiras deu liga. E dar liga, é o primeiro passo para tornar-se campeão,
O que quero deixar claro aqui, é a importância do treinador LF Scolari para o verdão. Ele conseguiu reformular o elenco de tal forma, que hoje, vejo o Palmeiras forte, grande, sendo respeitado pelos adversários de uma maneira efetiva, e não somente por ser o Palmeiras que há 15 anos era gigantesco.
Felipão foi paciente e cirurgico. Deu uma cara ao time. Usa as bolas paradas de uma maneira eficiente e hoje, sem exageros.
Marcos Assunção é um fenômeno batendo na bola, mas no clássico contra o São Paulo, Daniel Carvalho fez de falta e na vitória de ontem, contra o Linense, Maikon Leite cobrou a falta que originou o primeiro gol palmeirense.
A defesa hoje é consistente e segura, os laterais Cicinho e Juninho são muito bons e sabem fazer jogadas laterais, chegando ao fundo e cruzando.
Ontem, sem Assunção, o Palmeiras matou um fantasma e viu que há vida sem ele. Valdívia precisará mostrar que é o mesmo de 2008 para ganhar uma vaga nesse time e Luan terá Maikon Leite para brigar pela vaga no ataque.
Bons problemas para Felipão, que com pouco, está fazendo muito.

Agora o grande destaque desse início de temporada é o atacante Barcos. Já o elogiei muito aqui pelo jogo que fez contra o SPFC, e hoje merece de novo.
É muito inteligente e seguro no que faz. O gol que fez ontem foi daqueles de quem sabe muito o que está fazendo. Mostrou agilidade, explosão, técnica e frieza. Golaço!
Aí, eu bato na tecla de que tão chato e prevísivel que está o futebol hoje, Barcos se destaca por pensar e executar de uma maneira diferente. É simples. Mas precisa de qualidade, claro. E isso não falta no argentino.

Luis Felipe Scolari está de parabéns até aqui. Está invicto há 16 partidas, contando Brasileirão 2011, amistosos e Paulistão 2012.
Trouxe de volta uma identidade vencedora ao clube. E isso será colocado à prova a partir da próxima fase do Paulistão e da Copa do Brasil.

As vezes é preciso resgatar uma peça que foi importante no passado, para resgatar uma mentalidade campeã.

Abs.
Felippe Palermo.


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