quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mais que um sub 23

E se esse time sub 23 do Brasil não for mais apenas o time sub 23?
E se o Brasil achou a formação ideal com um futebol alegre e vistoso mesclando jovens craques com ótimos jogadores experientes?
E se Neymar encontrou em Marcelo a metade que faltava no lado esquerdo da Seleção?
E se os chupa-limão que babam na base da Espanha e da Alemanha tiverem que aturar uma Seleção Brasileira com sua base formada por jogadores jovens?
E se essa mesma base for mantida nos próximos 12 anos com pequenas alterações pelo caminho?
E se o Brasil continuar assim e ganhar tudo de novo?

O 'se', no futebol, é o espaço entre o que houve e o que a gente gostaria que tivesse acontecido.
E quando eu cito esses vários 'se', jogo na cara desses brasileirinhos que me envergonham ao não torcerem pra Seleção, que o que ELES queriam que tivesse acontecido, não aconteceu.

O Brasil jogou bem! Duas vezes seguidas e com um time predominantemente sub 23, logo, bem mais novo que os adversários.
Palmas para o bom Mano Menezes, que esteve perdido em alguns momentos em 2011, mas que parece enfim ter encontrado um caminho para a nossa Seleção.

Se Mano tiver o mínimo de bom senso, vai entender que as soluções para os seus problemas estavam mais perto dele do que ele mesmo imaginava.

Infelizmente, finais de ciclos são dolorosos e muitas vezes causam uma confusão na cabeça de quem trabalha com isso e, principalmente, na cabeça do torcedor.

Júlio César, Lúcio, Luis Fabiano, Elano, Fred e principalmente Ronaldinho estão fora. Acabou o ciclo. Fim.
Sem choro, nem drama.
TODOS têm substitutos a altura!

Você confia em Jéfferson? Não? Sabe por que? Porque ele joga no Botafogo.
Ganhe 5 minutinhos, entre no YouTube e procure defesas e jogos do goleiro botafoguense. Você pode não confiar, mas vai parar de ser bairrista e cabecinha e perceber que é bom e está vem e 'estar bem' é tão importante quanto ser bom para um goleiro.

Temos também Victor do Grêmio e Fábio do Cruzeiro. Todos com idade mais avançada, mas aptos a jogarem com a camisa 1 da Seleção.
Com idade olímpica temos Neto da Fiorentina e o ótimo Rafael, que ontem fechou o gol e carimbou o passaporte rumo às Olimpíadas de Londres.

Para o meio, depositem em Oscar a mesma confiança que o Inter depositou. Além de 15 milhões na conta do SPFC.
E Oscar é bom jogador. Vai errar e errar tanto quanto outros já fizeram, mas dificilmente vocês o verão sem querer jogo, ainda mais com Damião e Neymar no ataque.

Ganso e Kaká são duas incógnitas. O primeiro se machuca mais do que joga e fica complicado confiar a ele tamanha responsabilidade.
Usar a 10 do Santos é uma coisa, a do Brasil é outra, com muuuuito mais peso e responsabilidade. Logo, vamos com calma.
E Kaká é uma bela interrogação que nem eu mesmo consigo parar pra pensar e analisar algo pra vocês.

Hulk, Damião e Pato são os atacantes e está ótimo. Qualquer um, com Neymar, cresce assustadoramente de produção.
Pato, por exemplo: em 30 minutos fez 1 gol e meteu uma bola na trave.

A defesa com Thiago Silva, David Luiz, Dedé e mais um (que pode ser Juan ex-Inter) é altamente confiável.
E as laterais estão muitíssimo bem servidas, com Dani Alves e Marcelo.

A parte mais interessante disso tudo é que o Brasil reencontrou a intensidade e a alegria de jogar futebol.
O time é leve, rápido e talentoso. Estão em busca do mesmo objetivo e isso é o mais importante.

Nos próximos 10 dias, Mano trabalhará para deixar essa Seleção voando e nos próximos domingos enfrentará dois adversários bem difíceis. México e Argentina.
Se jogar do jeito que vêm jogando, aposto o que quiserem. Passeia nos dois, sem dó.

E se Mano entender que não precisa colocar problema aonde têm solução, esse 'sub 23' será muito mais que uma base olímpica.

Eu fiquei feliz pela forma com a qual a Seleção jogou. Me senti no final dos anos 90, onde cada jogo do Brasil era um arsenal de jogadas, gols e dribles diferentes, aliados a resultados, claro.

E o resultado, é consequência do que vemos no campo.
E hoje, com o que vejo, afirmo sem medo: Vai Brasil, rumo ao Hexa!

Abs.
Felippe Palermo.


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