sexta-feira, 25 de maio de 2012

No sufoco

Leonardo Lourenço Bastos, 36 anos. Jogador de futebol do Santos Futebol Clube.
Pra quem não sabe, é o maior vencedor de títulos depois da 'Era-Pelé'.

Leo tem como característica marcante a raça dentro de campo, e a autenticidade fora. O lateral santista é daqueles ótimos entrevistados, que fala o que pensa e sente na hora da pergunta, não se esconde no padrão brasileiro de entrevistas.

O camisa 3 começou no banco de reservas a partida mais difícil do ano e viu de lá um Vélez excelente na marcação.
Pareciam intransponíveis. Marcaram Neymar como há 5 meses não via. E também anularam as laterais, além de não darem espaço para o meio campo santista pensar. Enfim, era o roteiro perfeito do drama na Vila Belmiro.

Com um a mais durante todo o segundo tempo, Muricy promoveu as entradas de Retería, Maranhão e Leo.

E quando juntam um jogo difícil como esse, com um time atacando e o outro só se defendendo, é natural uma coisa acontecer. Ou o que está atacando fura o bloqueio ou o que está se defendendo acha um gol, seja numa bola parada ou num contra ataque.
No caso de hoje, o nosso protagonista teve participação fundamental. Leo fez toda a jogada do solitário gol santista, anotado por Alan Kardec.

Com esse resultado, a disputa de pênaltis era o que decidiria o classificado para a semifinal.
Sai a relação do Santos. O quarto batedor era Leo.

Com o andamento das penalidades, o destinou colocou a responsabilidade da cobrança que definiria o Santos como classificado nos pés do seu atleta mais experiente.
Leo, com 36 anos, sentiu-se um garoto e sem treinar pênaltis regularmente, confessou o frio na barriga e um breve diálogo com o capitão Edu Dracena. "O que que eu faço, Edu?", perguntou. "Solta o pé", disse o capitão.

E foi assim, na derradeira cobrança, com o jogador que é adorado pela torcida, remanescente do início da 'Era-Meninos da Vila' de 2002 a 2004, que o futebol apaixonou mais uma vezes seus amantes.
Leo mereceu ser o dono da bola.
Mereceu porque é muito bom jogador, mereceu pela sua história, mereceu pela importância no grupo, mereceu porque é diferente dos demais.

Esse pênalti talvez simbolize um pouco do que o camisa 3 representa para esse time super vencedor e para a torcida que o adora. Por pior que tenha jogado os dois confrontos, o Santos se classificou por ter uma peça fundamental dentro e fora de campo.
Um guerreiro, um vencedor, um símbolo desse time. Merecedor de todo o mérito pela classificação de hoje.


Abs.
Felippe Palermo.


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