sábado, 14 de abril de 2012

De um passado e um presente só de glória

Nação Santista, hoje é o grande dia!
É, não é fácil chegar aos 100 anos... Chegar desse tamanho, fora de um grande centro então, mais difícil ainda.

Acho que minhas palavras se perderão ao vento se tentar contar minuciosamente os maiores detalhes de uma das mais lindas histórias do esporte.
Sim, o berço do Rei do Futebol não se resume somente ao futebol. São tantas histórias marcantes e inesquecíveis que o mundo esportivo se orgulha em ter esse clube como seu patrimônio.
Aos que pensam que raios não caem duas ou três vezes no mesmo lugar, eu vos digo: O reinado agora tem um príncipe, que seguindo o caminho do maior de todos, assusta aos mais experientes com números, jogadas e títulos.

Quiseram os deuses do futebol que a história do centenário clube de Santos fosse escrita em 4 partes até aqui.
O início com o primeiro título paulista em 1935 e o ataque dos 100 gols com Araken Patuska, demonstrava desde então que o alvinegro seria uma máquina de gols.
Seguida pela era Pelé, onde o nome do clube foi levado ao mundo e a história começou a ser escrita para ficar marcada para sempre com títulos e jogos memoráveis.

A terceira parte foi, talvez a mais difícil, pois a seca de títulos foi grande de 84, quando o Paulistão ainda era um supercampeonato até o título Brasileiro de 2002, quando o mundo conhecera Diego e Robinho. E nesses anos, sem títulos, sem marcas expressivas, nem tampouco grandes times, o Santos manteve-se gigante, usando ou não o nome de Pelé para manter-se lá em cima, pouco importa, eles podem se usar a vontade, até porque depois de 2002, há exatamente 10 anos, o peixe não parou de crescer e ganhar títulos, chegando ao ponto alto das Américas em junho do ano passado. 
E essa é a quarta parte do centenário. É Neymar, é Ganso, é Libertadores, é a tendência em ser santista, é o carisma dos meninos da vila, é a história sendo escrita, de novo, pelo súdito do Rei.

Santos Futebol Clube de grandes nomes, de grandes jogadores... jogadores que em qualquer outro clube seriam tratados como reis de tão bons que são, mas Deus caprichou na história do alvinegro.
Não só houve um rei, como os que poderiam ser reis, são tratados como iguais na saudosa Vila Belmiro.

Gilmar, Manga, Rodolfo Rodriguez, Carlos Alberto Torres, Léo, Alex, Dalmo, Calvet, Mauro Ramos, Lima, Narciso, Edu Dracena, Ramos Delgado, Lima, Rildo, Aílton Lira, Clodoaldo, Diego, ELano, Formiga, Robert, Giovanni, Pita, Ganso, Zito, Araken Patuska, Abel, Ary Patuska, Guga, Juary, Toninho Guerreiro, Serginho Chulapa, Robinho, Neymar, Pagão, Edu, Coutinho, Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe.
E aí? Tá ruim de história né?!

São 100 anos de muito amor, de jogos históricos e títulos que fazem qualquer pequeno torcedor santista ficar parado na frente da tv assistindo ao melhor ataque do mundo.
Um século sendo protagonista, um século em que eu, com 22 anos, respeito mais que qualquer outro time brasileiro, porque só eles sabem da dificuldade em manter-se do tamanho que são, não sendo de uma capital.

Hoje, falar de Santos é lembrar de Pelé e esperar o próximo jogo para ver Neymar. E isso é mais do que natural, afinal Reis são respeitados em qualquer lugar do Mundo e os príncipes consequentemente também são. Só que o peixe é mais que isso. 
É o clube dos 19 campeonatos paulista e da Copa do Brasil 2010. De 2 ou de 8 Brasileiros?  Pouco importa, não muda 1% do que é para o futebol mundial, não tira o brilho do Tricampeonato da Libertadores, nem tampouco do Bi Mundial.

É o clube da mais verdadeira letra de hino. Que resume em palavras sábias o que eu provavelmente não consegui.
Mas não me atrevo a querer fazer um texto a altura do que são esses 100 anos dessa equipe mágica. Um dia falaram em "DNA ofensivo", em "maior espetáculo da Terra", em "maior time de todos os tempos" e quem condena?
Os melhores enredos dos melhores filmes são os que mais causam polêmica e inveja nos demais.
Essa equipe chega ao seu centenário sendo apaixonada pelo protagonismo e isso a faz crescer a cada campeonato que disputa e vence e isso é a história sendo escrita.

Agradeçam por poderem ver mais 100 anos de futebol jogado pelo Santos Futebol Clube.
É um privilégio não ser santista e arrepiar-se com seus jogos e conquistas...

Até porque nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter.

Abs.
Felippe Palermo.

2 comentários:

  1. Gostei do texto mlk, eu sei que falar do maior clube do mundo quem sabe do planeta não é tao dificil pq historias não faltam, mas gostei do texto simples mais rico de conteudo.
    uma santista apaixonada por este time!!

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  2. Arrepiante. Só isso o que posso falar desse texto. Mais do que ninguém, sei como é difícil traduzir história gloriosa em palavras, principalmente quando não é a do clube de coração(calma, o seu ainda está por vir e será de igual dimensão. rs).
    Eu, como Santista, sei o que essa história representa para mim e o que esse time representa na minha vida. "Orgulho que nem todos podem ter" resume exatamente o que é ser Santista, pois não somos uma multidão de 30 milhões, somos selecionados. Escolhidos pelo coração.
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    Sou um apaixonado pelo futebol bem jogado, reconheço times poderosos e suas histórias e não me dói reconhecer quando um rival é mais forte, mas mesmo querendo fugir um pouco do clubismo, é quase impossível não rasgar seda para o Santos, que fez praticamente o impossível na sua história, que parou guerras, venceu seleções, tem um rei, um príncipe e mais uma meia dúzia de seguidores que se destacaram e mais centenas que ainda virão. Porque tudo isso está no sangue do Santista. Criar jóias raras, por essas e outras que dizemos que Deus é Santista.
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    "O futebol pode não ter sido inventado no Brasil. Mas foi nos gramados da Vila que ele virou arte."
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    Parabéns, Santos Futebol Clube, 100 anos da mais bela história do futebol mundial.

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