segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vida que segue

Era o melhor São Paulo de 3 anos pra cá, contra um dos melhores times do mundo.
Era Leão em seu momento mais responsável como treinador, contra o melhor treinador do país.
Era o Morumbi com 45 mil são paulinos ansiosos pela vitória, que não seria apenas uma vitória qualquer, seria a glória, a busca de um sentido em enfrentar o Santos num momento decisivo e vencer.
Era Lucas, sobrecarregado pelo peso da amizade com Neymar e pela bola que joga, contra um time bem postado e extremamente aplicado na marcação.
Era um jogo digno de final de Campeonato Brasileiro.
Era Paulo Miranda errando um bote aos 2 minutos de jogo dentro da grande área tricolor.
Era o jogo mudando para não voltar mais à igualdade.
Era Neymar e já era.

Vamos aos fatos: Neymar é diferenciado. Acabou com o São Paulo, pegando 6 vezes na bola. Fez três gols, amarelou dois, e expulsou um, obrigando Leão a fazer uma troca no intervalo.
Com 1 a 0 aos 2 minutos de jogo, tudo muda. O que foi dito há 20 minutos no intervalo já não vale mais, por que o outro time já se posta de uma maneira mais cômoda na defesa e o que já está perdendo precisa empatar, logo, Muricy se viu na situação que mais adora, vencendo, com as rédeas do jogo nas mãos, congestionando o sistema defensivo, deixando Alan Kardec como um falso meia e liberando Neymar para correr atrás da bola nos contra ataques. Simples.
O SPFC se viu de um jeito que não se sente confortável, precisando ser agressivo, precisando ter força atacando e defendendo, tudo em sintonia. Lucas jogou uma boa partida, assim como Casemiro e Cortez, e só. Houve muita posse de bola e pouquíssima eficiência. E isso minou o tricolor.

Não é de hoje que o São Paulo têm elencos muito 'bonzinhos', não confundam com jogadores maldosos, mas sim com jogadores que sentem-se ofendidos com uma situação adversa, por mais que o outro time tenha bons jogadores. Jadson, Willian Jose, Piris, Paulo Miranda, Fernandinho são extremamente passivos e isso atrapalha.
O que quero dizer não é para quebrarem os jogadores do Santos ou serem maus, mas sentirem o jogo do tamanho que ele é. E o jogo era enorme para o brio desses caras.

Leão vê um São Paulo pronto, assim como eu vejo, o único ponto que toco é a manutenção de Paulo Miranda como titular, por mais que Leão viva o dia dia do clube e seja o treinador, não considero o camisa 13 digno de uma posição no elenco do São Paulo, que dirá como titular.
Em contrapartida confio nesse elenco para a continuação da Copa do Brasil, não vejo outro time melhor preparado que o tricolor para ser campeão do torneio.

Por mais que tentemos achar um culpado pela derrota, devemos entender que os atletas erram, os aviões voam e lá em cima, o céu é azul mesmo nos dias chuvosos. Se futebol não tem lógica, de vez em quando ele tem sentido, e o tricolor está no caminho certo.

Abs.
Felippe Palermo.

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